Aracaju é a 6ª colocada no país em Emprego e Renda
Capital nordestina mais bem colocada no Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal (IFDM), medido pela Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), Aracaju ocupa a sexta colocação no país no quesito Emprego e Renda.
Publicado 30/08/2009 10:42 | Editado 04/03/2020 17:20
Na categoria específica, a capital de Sergipe obteve um índice de 0,9011, numa escala que vai de 0 a 1, e se manteve à frente de grandes centros como Brasília (0,8805), Rio de Janeiro (0,8673) e Porto Alegre (0,8839). A geração e o estoque de emprego formal, atrelados à média salarial do aracajuano, formam os fatores analisados na pesquisa.
Para chegar a uma conclusão na vertente Emprego e Renda, o IFDM tomou como base dados do Ministério do Trabalho do ano de 2006. Entre os principais fatores responsáveis pela posição de destaque de Aracaju, está o trabalho desenvolvido nos últimos anos pela Fundação Municipal do Trabalho (Fundat) da Prefeitura de Aracaju. "Somente no período que vai do início do ano de 2006 a julho de 2009, concretizamos 2.144 operações pelo Credpovo, proporcionando a geração de 2.296 empregos", afirma o presidente da Fundat, Carlos Magno.
O Credpovo é um programa de geração de Emprego e Renda que repassa crédito às micro e pequenas empresas em convênio com bancos oficiais. "Nesse mesmo período acumulamos o repasse de cerca de R$ 4milhões. Se pegarmos dados do início de 2003 até hoje, esse valor chega a quase R$ 13milhões", ressalta Carlos Magno, que destaca ainda a ação do programa de qualificação profissional da Fundat, responsável por qualificar aproximadamente 41mil pessoas desde o ano de 2001. Os cursos acontecem nas unidades da Fundat distribuídas pela capital e contemplam diversas áreas como informática, cozinheiro, manicure e pedreiro.
Construção civil
O Programa de Arrendamento Residencial (PAR) foi outra ação desenvolvida pela Prefeitura de Aracaju que serviu de respaldo para a Firjan. "É que a maioria dos empregos gerados no período analisado partiu da construção civil", observa o Superintendente de Estudos e Pesquisas da Secretaria de Estado do Planejamento (Seplan), o economista Marcos Vinícius Castaneda. Entre os anos de 2001 e 2009, a administração municipal entregou 38 empreendimentos do PAR, empregando mais de 10 mil pessoas, em um investimento de R$ 142 milhões.
"De 2005 para 2006 Aracaju teve um acréscimo de 10% no número de empregos formais gerados", explica Castaneda, lembrando que o estoque de empregos na capital sergipana cresceu de 163.190 para 179.102 à época. Segundo o economista, somente na construção civil, o número de empregados evoluiu de 8.670 para 12.267. "Certamente as intervenções dos gestores municipais em obras públicas são muito importantes para manutenção do nosso indicador", observou.