PCdoB credenciado para papel maior em 2010
Hoje o PC do B está credenciado a cumprir um papel maior nas eleições de 2010”. A frase, do presidente estadual do PCdoB, Edvaldo Magalhães, dita ontem para a militância comunista que lotou o auditório da Secretaria de Educação, durante a conferência municipal do partido, fez as quase 300 pessoas vibrarem.
Publicado 13/09/2009 11:51 | Editado 04/03/2020 16:10
E vibraram mais ainda quando o deputado enfatizou que não tem nenhuma dúvida de que dentro do PCdoB tem gente muito preparada para cumprir esse papel “e acho que a Perpétua (Almeida, deputada federal) está preparada para ser senadora da República”.
Hoje o PCdoB está credenciado a cumprir um papel maior nas eleições de 2010”. A frase, do presidente estadual do PCdoB, Edvaldo Magalhães, dita ontem para a militância comunista que lotou o auditório da Secretaria de Educação, durante a conferência municipal do partido, fez as quase 300 pessoas vibrarem. E vibraram mais ainda quando o deputado enfatizou que não tem nenhuma dúvida de que dentro do PCdoB tem gente muito preparada para cumprir esse papel “e acho que a Perpétua (Almeida, deputada federal) está preparada para ser senadora da República”.
A conferência de ontem faz parte do calendário de eventos que o partido vem promovendo nas 22 cidades, como forma de preparar os dirigentes e os militantes para o 12º Congresso Estadual do partido, confirmado para os dias 26 e 27 deste mês, no Teatro Plácido de Castro, fechando o processo de mobilização no Estado inteiro.
“Repactuando nossos programas” foi o tema central da conferência de ontem, dirigida pelo presidente municipal do PCdoB, vice-prefeito Eduardo Farias. Participaram ainda do encontro Edvaldo Magalhães, a deputada federal Perpétua Almeida, o estadual Moisés Diniz e a vereadora Ariane Cadaxo, além de dirigentes, militantes e simpatizantes da legenda.
Eduardo Farias, que deu as boas-vindas à militância, destacou o debate interno de políticas de quadros do partido e o grande desafio revolucionário que são os movimentos socais sob o olhar dos comunistas. A tarefa não é pequena, observou, “mas a mobilização desta conferência, assim como as que vêm sendo realizadas no interior, mostra um partido vivo, preparado e responsável para os desafios”.
Edvaldo empolga militância
A memória do ex-governador Geraldo Gurgel de Mesquita, que faleceu sexta-feira, em Brasília, foi homenageada na abertura da conferência do PCdoB, por sugestão do deputado Edvaldo Magalhães, que pediu aos presentes, de pé, um minuto de silêncio.
Edvaldo lembrou que o ex-governador viveu um tempo difícil e de muitas contradições na política do Acre, daquela época, sendo nomeado pela ditadura, mas sempre com uma postura progressiva e avançada pela abertura do processo democrático.
Sobre a conferência, o presidente comunista voltou a lembrar que o PCdoB é um dos poucos partidos no Acre que tem presença e vida organizada nos 22 municípios, com mais de quatro mil filiados em todo Estado.
“Isso demonstra que nós temos que continuar cuidando mais e melhor do nosso partido”, justificou o presidente da legenda, em relação às conferências municipais e o congresso estadual no fim do mês. “Nós queremos ser um grande partido, mas sem perder o rumo, a cor e s sua identidade”, destacou o deputado, enfatizando que para isso “temos que apostar nos nossos quadros, nos nossos militantes, por isso estamos apostando cada vez mais na formação de quadros”.
As conferências, como a de ontem, servem, de acordo com Edvaldo, para o partido fazer o seu balanço da experiência política e administrativa dos 20 anos de Frente Popular, que representam uma identidade política e avançada com a sociedade.
Ele destacou a construção da Frente Popular nucleada pela esquerda e pelas forças mais avançadas e progressistas do Estado, que se consolidou como uma aliança avançada e duradoura.
O discurso do líder comunista empolgou a militância que saiu da conferência mais animada e energizada para os embates das urnas ano que vem.
Edvaldo destacou a renovação e a mudança política no Acre nos últimos 20 anos, não apenas com nome, mas de representatividade política, de conteúdo. “Com o prazer de ter no nosso partido a deputada federal (Perpétua Almeida) mais votada do Acre pela segunda vez, fruto dessa mudança operada na política acriana”. O partido tem ainda o líder do governo na Assembleia Legislativa, Moisés Diniz, e o próprio Edvaldo Magalhães, na presidência daquele poder.
PCdoB soube construir a Frente Popular
Um dos fundadores e dirigente da Frente Popular, o deputado Edvaldo Magalhães enfatizou ontem à militância que o PCdoB soube ser construtor dessa nova página que é a Frente Popular. “Agora estamos convocando as forças vivas da coligação, seus dirigentes e principais quadros para que a gente possa operar as mudanças que a Frente precisa fazer, para que a gente possa não perder o rumo condutor dessas mudanças, para que a gente não envelheça diante das novas aspirações da sociedade acreana”, destacou o dirigente.
É por isso que o PCdoB está chamando os partidos aliados para fazer o balanço de comemoração das conquistas ao longo dos 20 anos, mas também com o fim de identificar as fissuras e os projetos individuais que começam a surgir e não fazem bem a nenhum projeto político, na opinião de Edvaldo. Para ele, a frente só conseguiu os espaços que conquistou devido à unidade e não a projetos pessoais.
Segundo o parlamentar, “antes de pedirmos o quarto mandado para o governo ao povo acreano, temos que dizer para que queremos esse quarto mandato. Não queremos ser um amontoado de partidos que disputa um espaço de poder, queremos continuar sendo uma idéia e uma frente que tenha bandeiras avançadas”.
Na avaliação de Edvaldo, se na chapa majoritária da Frente Popular não tiver um nome do PCdoB não será uma chapa plural. Há, segundo ele, uma exigência e há uma necessidade. “A frente precisa ter o PCdoB na sua chapa majoritária e o PCdoB quer estar nessa chapa, mas esse não é o momento de pôr nomes do debate. O momento não é para isso. O momento é de repactuar a frente, ate o fim do ano nós vamos dizer o que queremos publicamente, mas só depois de debatermos tudo isso internamente, respeitando os partidos da frente para sermos respeitados dentro da frente”.