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Pnad, do IBGE, faz radiografia dos brasileiros

A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) é realizada anualmente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para levantar informações da situação socioeconômica do Brasil, a partir da coleta de dados sobre população, migração, educação, trabalho, família, domicílios e rendimento. Na Pnad 2008, foram pesquisadas 391.868 pessoas e 150.591 unidades domiciliares, distribuídas em todos os Estados e Distrito Federal.

A Pnad mostrou que o rendimento médio real mensal dos 92,395 milhões de brasileiros ocupados, obtidos com todos os trabalhos, atingiu R$ 937 em 2008, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) de 2008, elaborada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e divulgada nesta sexta-feira. O valor é 19,82% superior ao apurado pela pesquisa em 2004, que foi de R$ 782.

No recorte por regiões, o maior rendimento médio foi o do Centro Oeste (R$ 1.178), que teve um crescimento de 24,26% em relação a 2004. Em segundo lugar ficou o Sudeste, com média de R$ 1.123 (alta de 15,18% na mesma base de comparação). Em seguida aparecem o Sul (R$ 1.038, avanço de 20%), o Norte (R$ 742, alta de 21,84%) e por último o Nordeste (R$ 568, avanço de 29,38%).

Já na análise por gênero, os homens continuam ganhando, em média, mais do que as mulheres. Enquanto eles têm rendimento médio de R$ 1.093, elas embolsam mensalmente uma média de R$ 726 (33,58% a menos). Em 2007, essa diferença era maior, de 33,93% (R$ 1.064 para os homens e R$ 703 para as mulheres). Os números reforçam uma tendência de diminuição dessa diferença, que era de 36,4% em 2004.

Segundo a Pnad 2008, dos 92,395 ocupados do país, 39,397 milhões estão na região Sudeste; 24,549 milhões no Nordeste; 14,675 milhões no Sul; 6,91 milhões no Centro-Oeste e 6,863 milhões no Norte. No que se refere à cor ou raça, a população residente do país estava composta por 48,4% de pessoas brancas, 43,8% de pardas e 6,8% de pretas e 0,9% de amarelas e indígenas em 2008.

Por região

Em relação a 2007, houve uma elevação de 1,3 ponto percentual na proporção de pessoas declaradas pardas e redução das proporções das populações declaradas pretas (0,7 ponto percentual) e brancas (0,8 ponto percentual). Foi registrado que, em 2008, as pessoas não naturais do município de residência correspondiam a 40,1% (contra 39,8%, em 2007) da população do país, enquanto aquelas não naturais Estado em que moravam representavam 15,7% (mesmo resultado de 2007).

Em termos regionais, na análise da naturalidade em relação ao município, a região Centro-Oeste foi a única que teve população não natural superior à natural, isto é, 54,2% desta região era não natural do município de moradia. Nas demais regiões, os percentuais de pessoas não naturais foram: Norte (43,3%); Nordeste (31,8%); Sudeste (41,3%) e Sul (44,0%).

Quanto à naturalidade em relação ao Estado em que residiam, 35,6% dos moradores da região Centro-Oeste nasceram em outras unidades da Federação. As regiões Norte (21,9%); Nordeste (7,4%); Sudeste (18,0%) e Sul (12,0%) apresentaram percentuais menores.

Analfabetismo

O analfabetismo teve queda na região Nordeste do Brasil entre as pessoas com 15 anos ou mais de idade. O Nordeste — que tinha um indicador que era quase o dobro do nacional -, apesar de ainda ter a maior taxa de analfabetismo do país — foi a única região a apresentar decréscimo expressivo em relação a 2007, passando de 19,9% para 19,4%.

Outra queda registrada no Pnad 2008 foi na taxa de analfabetismo entre crianças na faixa etária dos 10 aos 14 anos, grupo em que a criança ou adolescente já deveria estar pelo menos alfabetizada. O indicador foi de 2,8%, representando queda de 0,3% em relação a 2007. Nas regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste, a taxa desta faixa etária era inferior a 1,5%, enquanto nas regiões Norte e Nordeste foi de 3,5% e 5,3%, respectivamente.

O Pnad registrou uma queda pouco significativa no nível de analfabetismo até 2008, quando havia 14,2 milhões de pessoas com 15 anos ou mais sem saber ler ou escrever. A taxa estimada foi de 10%, decrescendo apenas 0,1% em relação a 2007, quando o indicador era de 10,1%.

Com agências