ONU retira apoio às eleições convocadas por golpistas em Honduras
O secretário-geral da ONU (Organização das Nações Unidas), Ban Ki-moon, disse nesta quarta-feira (23) que a instabilidade em Honduras não oferece condições para a realização de eleições previstas para 29 de novembro e, por isso, decidiu suspender a assistência eleitoral ao país da América Central.
Publicado 24/09/2009 11:16
Ban Ki-moon "não acredita que haja atualmente condições para realizar um pleito que devolva a paz e a estabilidade ao país", afirmou Michèle Montas, porta-voz da ONU. A porta-voz expressou a preocupação da ONU com a atual situação de Honduras, após o surpreendente retorno do presidente deposto Manuel Zelaya a Tegucigalpa na última segunda-feira, além das denúncias de violações aos direitos humanos.
"O secretário-geral está convencido que a conclusão da crise em Honduras precisa de um acordo e apoia os esforços regionais para alcançá-lo", enfatizou Montas. A porta-voz ressaltou ainda que, além da ONU, a Organização dos Estados Americanos (OEA) é favorável à celebração de um acordo entre as partes por intermédio do diálogo pacífico.
O governo golpista, liderado por Roberto Micheletti, manifestou disposição de dialogar com o líder constitucional para solucionar a crise vivida no país, desde que Zelaya reconheça os resultados das eleições de 29 de novembro e sem que isto signifique seu retorno ao poder. O presidente deposto recusou enfaticamente a proposta, alegando que as eleições convocadas por golpistas podem ser manipuladas, além de ilegítimas.
A comunidade internacional não reconhece o governo de Micheletti e também adiantou que vai desconhecer o novo governo que surja das eleições, se Zelaya não for restituído previamente ao poder.
Fonte: EFE