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Sem acordo entre Correios e trabalhadores, a greve continua

Não houve acordo na audiência de conciliação realizada nesta quinta-feira (24) no Tribunal Superior do Trabalho (TST) entre os carteiros e a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos. Segundo o advogado da Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares (Fentect), foram feitas algumas propostas, mas nenhuma foi aceita. Assim, a greve dos Correios continua.

“A principal divergência se deu em relação ao prazo para a vigência desse acordo. O ministro do TST, João Oreste Dalazen, propôs o prazo de um ano, para que no ano seguinte houvesse apenas a reposição referente à inflação do período, o que não foi aceito pela categoria”, explicou Rodrigo Torelly, advogado da Fentect.

Durante a audiência de conciliação, os advogados da categoria apresentaram uma contra-proposta ao que foi apresentado pela ECT. Pediram a retirada de item do acordo coletivo que determina dois anos para a validação do acordo. Para a categoria, isso impediria novas negociações até agosto de 2011.

Em greve desde o dia 16 de setembro, os funcionários dos Correios querem, além de aumento salarial, contratações de novos carteiros e uma reestruturação da empresa. Não fosse o item que trata do prazo para vigência do acordo, a proposta apresentada pelo ministro João Orestes Dalazen seria aceita pelos trabalhadores. Foi proposto um reajuste de 4,5% mais a incorporação de R$100, com vigência de um ano, além de outros benefícios.

Lei de Greve

Os carteiros também não aceitam obrigatoriedade de manutenção de um mínimo de 30% dos funcionários nos postos de trabalho da ECT. Na terça-feira (22), os advogados da Fentect entraram com um recurso no Tribunal Superior do Trabalho (TST) contra essa determinação.

“A Lei de Greve prevê quais serviços são considerados essenciais, dentre os quais não cita o serviço postal”, explicou Rodrigo Torelly. Por isso, o percentual de 30% não pode ser exigido legalmente.

Fonte: Fentect