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Nicarágua denuncia à ONU complô para matar Zelaya

Existem planos para assassinar o presidente de Honduras, Manuel Zelaya, e é bom não ignorá-los, "pois mais tarde dirão que se suicidou", advertiu nesta terça-feira (29) o chanceler da Nicarágua, Samuel Santos. Em seu discurso na Assembléia Geral das Nações Unidas, o ministro disse que seu país decidiu não reconhecer "qualquer farsa eleitoral" em Honduras, convulsionada pelo golpe de 28 de junho.]

"Denunciamos desta tribuna o assassinato que se comete contra o povo hondurenho e assinalamos com toda clareza os planos para assassinar o presidente Zelaya. Escutem agora, pois mais tarde dirão que se suicidou", disse Santos.

Zelaya regressou a Tegucigalpa clandestinadmente, no dia 21, e buscou abrigo na embaixada brasileira. A Nicarágua, que faz fronteira com Honduras, é um dos alvos da propaganda dos golpistas contra Zelaya, que o acusa de ligações com o sandinismo nicaraguense.

Santos disse que, com o golpe, desejou-se "matar as esperanças e impulsos democráticos" do povo hondurenho, assim como "quiseram matar as esperanças deste processo solidário que é a Alba (Alternativa Bolivariana para a América Latina)".

O chanceler nicaraguense destacou que seu país se soma à posição assumida pela ministra hondurenha Patricia Rodas, que falou à Assembléia Geral na segunda-feira (28). Reconhecida pela ONU, a chanceler exigiu que o regime de Micheletti "se abstenha de qualquer ato que ponha em perigo a inviolabilidade da sede diplomática do Brasil".

Patricia usou seu celular para fazer chegar à ONU a palavra de Zelaya. Este pediu "uma posição firme contra a força e a barbárie".

Da redação, com agências