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Promotor quer ladra da Daslu na delegacia, não no psiquiatra

O promotor Mauricio Ribeiro Lopes, do 1º Tribunal do Júri de SP, encaminhou representaçao à promotora Valéria Maiolini, supervisora da Central de Inquéritos Policiais do Ministério Público, para que ela abra investigaçao sobre o furto de roupas na Daslu pela alta funcionária de uma joalheria.

"Em Salvador, um pobre coitado foi assassinado dentro de um supermercado da rede Pão de Açúcar pela subtraçao de três míseros pedaços de queijo. Agora, uma ricaça furta valiosas peças de roupas da Daslu e vai para o psiquiatra ao invés de ir para a delegacia? O crime de furto ainda é digno de açao penal pública e tem que ser assim para todos", escreveu num despacho enviado à promotora.

O roubo foi abafado pela Daslu

O roubo de roupas agitou, por várias semanas, os corredores da Daslu, a butique que congrega algumas das grifes mais exclusivas e caras instaladas no Brasil e que constantemente vai parar nas páginas do noticiário policial, pela insistência de seus sócios responsáveis em cometer supostas falcatruas contra o fisco.

Segundo a colunista do jornal paulistano Folha de S.Paulo, Monica Bergamo, as mercadorias começaram a desaparecer de prateleiras e cabides aos poucos. "Mas, em determinado momento, o desfalque chegou a R$ 200 mil", escreveu a jornalista em sua coluna.

"Há alguns dias, a bomba explodiu — a ladra era uma alta funcionária de uma das joalherias instaladas na própria butique — ela tinha permissao para pegar roupas de grifes e levar à joalheria para mostrar às clientes".

"Acontece que, uma vez com a roupa, a gerente retirava os detectores da peça — aqueles que disparam um apito quando a pessoa sai da loja sem pagar — e saía tranquilamente pela porta da frente com a mercadoria surrupiada".

Monica fecha a coluna dela com um comentário — novo na forma mas típico no efeito — dito nos casos em que ricaços furtam objetos: "O escândalo, por 'razões humanitárias', foi abafado".

Da redação, com informações do Blue Bus