Petrobras é 22ª melhor empresa do mundo, diz BusinessWeek
A lista de melhores empresas do mundo, elaborada pela revista BusinessWeek e pela consultoria A.T. Kearney, traz a Petrobras em 22º lugar em sua edição 2009. A relação é liderada por três empresas de tecnologia: Nintendo (fabricante de videogames), Google (internet e software) e Apple (eletroeletrônicos, telefones celulares e computadores).
Publicado 07/10/2009 15:06
A lista da revista americana e da consultoria examinou 2,5 mil empresas de capital aberto do mundo, selecionando apenas aquelas que tiveram mais de US$ 10 bilhões em vendas em 2008 e que tiveram pelo menos 25% de suas receitas advindas de mercados fora de seu país natal.
As companhias escolhidas foram então, segundo a revista, classificadas conforme seu crescimento anual de vendas e "criação de valor" (aumento de valor de mercado, excluídas ofertas de ações) nos últimos cinco anos.
Segundo a lista, a Petrobras tinha valor de mercado de US$ 85,934 bilhões (em 31 de dezembro de 2008), teve vendas de US$ 92,246 bilhões no ano passado, com 48,19% das vendas sendo obtidas fora do Brasil. As 40 melhores da BusinessWeek vieram de 18 países diferentes, e de setores que vão desde química até construção de navios.
Aposentados
Pode-se dizer que hoje a Petrobrás está no centro da economia brasileira. O presidente da estatal, José Sergio Gabrielli, que participou de uma audiência pública na Câmara dos Deputados, disse que o mapeamento dos poços e a sua produtividade é que irão revelar a sua viabilidade econômica por meio do valor de produção de cada barril.
"O mapeamento é uma parte fundamental para analisar a produtividade. Ele identifica onde, e depois de saber onde você define uma curva de produção. Definida essa curva, você define o quanto tem que se investir. Ao saber quanto será investido, se faz o fluxo de investimento e chega ao preço do barril", disse.
Ele disse também que a equipe que formará o quadro de pessoal da Petro-sal, empresa que será criada para gerenciar a parte da União na partilha do petróleo da camada pré-sal, deverá incluir ex-funcionários aposentados da Petrobras. Segundo Gabrielli, o Brasil tem poucos profissionais qualificados para o tipo de função que será exercida pela Petro-sal e, por isso, os aposentados devem ser chamados inicialmente.
"Essa empresa é pequena — com pouco mais de 100 funcionários — que tem que convocar gente altamente especializada, que é um conjunto pequeno de pessoas no Brasil. Como não podem ser pessoas da ativa da Petrobras, nem podem ser das empresas privadas, eu imagino que o recrutamento inicial será entre os aposentados existentes na área e, ao longo do tempo, o mercado criará novos profissionais treinados", disse.
Divisão de royalties
De acordo com Gabrielli, não há problemas éticos em convidar ex-funcionários da Petrobras para trabalhar na nova estatal – que terá, por exemplo, poder de veto sobre projetos da própria Petrobras e fiscalizará a parte que cabe à União no petróleo extraído por ela – porque eles não têm mais contrato com a estatal petrolífera. "Você não pode vetar um geofísico de exercer seus conhecimentos porque ele já foi funcionário da Petrobras", afirmou.
O presidente da Petrobras também comentou a divisão dos royalties do petróleo, que tem causado polêmica entre os Estados produtores e os outros. Ele disse que a empresa pagará o que a lei mandar. Pessoalmente, contudo, Gabrielli afirmou concordar que o Rio de Janeiro, Espírito Santo e São Paulo fiquem com uma fatia maior dos royalties e participações.
"Essa é uma discussão federativa que alguns Estados, a meu ver como cidadão, de forma correta, querem participar mais na distribuição desses recursos. Mais do que a atual legislação concentra nos Estados produtores", afirmou.
Nome da empresa
Gabrielli também informou que o governo já tem uma lista de nomes para batizar a estatal que vai operar a exploração de petróleo da camada pré-sal. De acordo com o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, os nomes foram fornecidos por publicitários.
"Nós temos apenas os nomes Petro-Sal Brasil, Petro-Mar do Brasil, Petro-Social e Petro-Brasil", disse o ministro, em audiência da comissão especial da Câmara dos Deputados que discute a criação da estatal.
O governo, agora, está fazendo uma consulta ao Instituto Nacional de Propriedade Industrial (Inpi) para saber se já existe alguma requisição para o registro da marca de algum dos nomes.O nome Petro-Sal, inicialmente sugerido pelo governo, já é usado por uma empresa com sede em Mossoró (RN).
Com agências