PCdoB-RJ: garantir uma conferência de comunicação avançada
A I Conferência Nacional de Comunicação, convocada pelo Governo Federal, é uma conquista dos movimentos sociais que há anos lutam por uma comunicação democrática. O PCdoB-RJ convoca seus militantes a participarem das conferências municipais e estadual.
Publicado 09/10/2009 14:41 | Editado 04/03/2020 17:04
A I Conferência Nacional de Comunicação terá como tema “Comunicação: meios para a construção de direitos e de cidadania na era digital” e será realizada de 14 a 17 de dezembro. A data inicial era na primeira semana, mas teve que ser adiada por conta de compromissos do presidente Lula.
A conferência de comunicação será um momento de debate entre governos, empresários do setor e entidades do movimento social, os três entes participantes. Pela primeira vez, a sociedade é chamada a discutir o papel dos meios de comunicação, um tema que adquiriu caráter estratégico na atualidade. A mídia, cada vez mais hostil, tem funcionado como o Partido da Imprensa Golpista (PIG) – como já denominou o jornalista Paulo Henrique Amorim –, atacando os movimentos sociais e criticando os avanços ocorridos no governo Lula. Em São Paulo, por exemplo, o governo do tucano José Serra sequer fez o seu papel de convocar a etapa estadual da conferência.
No Rio de Janeiro, fruto da mobilização social, foram convocadas algumas conferências municipais e a estadual. Na capital carioca, a conferência ocorrerá nos dias 16 e 17 de outubro, no auditório da Universidade Cândido Mendes (em breve será apresentada toda a programação). Já a conferência estadual, convocada pelo governador Sérgio Cabral, será realizada nos dias 30 e 31 de outubro e 1º de novembro, na Uerj.
Os militantes do PCdoB, através das entidades em que atuam, têm participado dos debates, procurando dar um aspecto amplo e democrático às conferências e, ao mesmo tempo, buscando apresentar propostas concretas para derrotar a ditadura da mídia no Brasil.
Movimentos sociais na luta
As comissões organizadoras são compostas por integrantes do governo, empresários e movimentos sociais. União Nacional dos Estudantes (UNE), União Estadual dos Estudantes do Rio de Janeiro (UEE-RJ), Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Sindicato dos Trabalhadores dos Correios do Rio de Janeiro (Sintect-RJ), Movimento em Defesa da Economia Nacional (Modecon), Associação Brasileiras de Canais Comunitário (Abccom) e Sindicato dos Jornalistas do Rio são algumas das entidades que participam das comissões da Capita e da estadual.
A conferência municipal da capital deve promover uma ampla mobilização da sociedade, buscando debater os temas de seu interesse. Por outro lado, a etapa estadual, além das discussões, elegerá os delegados à I Conferência Nacional de Comunicação.
A representação de delegados, segundo o regimento interno nacional, ficou da seguinte forma: 40% (empresários), 40% (movimento social), 20% (governo federal).
De acordo com a orientação do Partido, “a convocação da conferência nacional, algo inédito na história do país, coloca num novo patamar a luta contra a ditadura midiática e pelo fortalecimento dos veículos contra-hegemônicos. Os comunistas devem se tornar militantes da luta pela democratização das comunicações, mobilizando o seu coletivo e participando dos fóruns estaduais de mídia livre e das conferências institucionais”.