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Fidel diz que Nobel da Paz a Obama foi 'medida positiva'

O ex-presidente cubano Fidel Castro afirmou, em artigo publicado neste sábado, que a escolha do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, para o Nobel da Paz foi "uma medida positiva".

"Nem sempre compartilho das posições desta instituição, mas me vejo obrigado a reconhecer que nestes instantes foi, a meu juízo, uma medida positiva", disse o líder, em artigo no site Cuba Debate.

Fidel afirmou que o prêmio compensa a perda que Obama sofreu com a escolha do Rio, e não de Chicago, como cidade-sede para as Olimpíadas de 2016.

O líder cubano se referiu às críticas de que Obama não teria direito a receber o Prêmio Nobel da Paz, mas não se juntou a elas.

"Muitos opinaram que (Obama) não ganhou o direito de receber tal distinção. Desejamos ver na decisão, mais que um prêmio ao presidente dos Estados Unidos, uma crítica à política genocida que seguiram não poucos presidentes do país, que conduziram o mundo à encruzilhada onde hoje se encontra; uma exaltação à paz e à busca de soluções que conduzam à sobrevivência da espécie", aponta o texto.

Bloqueio econômico

Ontem, representantes do Governo e da imprensa oficial de Cuba questionaram a concessão do Prêmio Nobel da Paz ao presidente dos Estados Unidos.

Em entrevista coletiva para denunciar os efeitos do bloqueio econômico e comercial que Washington aplica a Cuba há meio século, o vice-ministro do Açúcar, Nelson Labrada, disse que o prêmio tem a ver com o "discurso" de Obama, mas expressou dúvidas.

Por sua vez, o diretor do site oficial "Cubadebate", Randy Alonso, publicou um artigo no qual questiona o "controvertido prêmio" concedido a Obama "com apenas nove meses no poder e poucas conquistas concretas".

Alonso afirma que a decisão suscitou reações que vão desde amáveis frases de líderes até muitas críticas e questionamentos da comunidade internacional.

Também ressalta que as tentativas de conciliação do líder no Oriente Médio "estão estagnadas" e que, esta semana, o Senado dos EUA "aprovou o maior orçamento militar da história, de US$ 626 bilhões".

Com agências