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No Dia do Professor, Cristovam defende "revolução educacional"

 Autor do requerimento para realização da sessão especial em homenagem ao Dia do Professor, celebrado nesta quinta-feira (15), o senador Cristovam Buarque (PDT-DF) afirmou que o Dia do Professor deve ser comemorado como um dia de luta para que as 200 mil escolas e os 2,5 milhões de professores obtenham a qualidade e a valorização necessárias para fazer uma revolução educacional. 

 Admitiu, no entanto, que essa revolução só acontecerá se for assumida como prioridade pelos governantes brasileiros. "Ninguém privadamente fará a revolução educacional no Brasil" avalia Cristovam.

Ele manifestou certo "descontentamento e tristeza" ao falar sobre a data. Isso porque, na sua avaliação, a educação não é reconhecida pela importância que tem para o cenário futuro do país. Em conseqüência, avalia, a evasão escolar é grande e o salário desmotiva o professor que, ao insistir na profissão, acaba se tornando "um herói".

Para o senador, somente um profissional bem remunerado e motivado, em uma escola com ensino integral, poderá realizar um trabalho educacional de qualidade. Ele defendeu a federalização da educação, com padrão de qualidade idêntico para todas as escolas e plano nacional de carreira para o magistério.

Cristovam homenageou os professores citando educadores como Gustavo Capanema, Anísio Teixeira, João Calmon, Paulo Freire, Darcy Ribeiro, aos quais atribuiu o adjetivo "educacionistas", por sua contribuição expressiva para melhorar a educação brasileira, qualitativa e quantitativamente.

Gustavo Capanema, lembrou o senador, foi ministro da Educação (1934-45) e criou um sistema nacional de educação, unificado. A contribuição de Anísio Teixeira, obsrevou, se relaciona à busca de qualidade nas escolas. Já Darcy Ribeiro, como senador, lembrou Cristovam, foi responsável pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB).
Paulo Freire, por sua vez, dedicou sua vida à erradicação do analfabetismo, com seu método de alfabetização. Já João Calmon, em três mandatos como senador, disse Cristovam, promoveu "uma revolução" no financiamento da educação de base no país.
O representante pelo Distrito Federal também enalteceu as iniciativas da sociedade, mencionando exemplos como bibliotecas itinerantes que disponibilizam livros gratuitamente para a população de baixa renda.

Ele apelou por uma educação inclusiva, em que tanto o aluno sem recursos como aquele com melhores condições de vida possam permanecer na escola o tempo necessário para garantir seu futuro profissional.

– Se a escola é o aeroporto, o professor é o piloto que conduz o país ao futuro e leva os alunos a ascender socialmente – afirmou.

Fonte: Agência Senado