Novo regulamento Banda Larga absorve projeto de Perpétua Almeida
18 milhões de assinantes no país terão como exigir seus direitos, inclusive na justiça. Deputada mantém proposta que obriga operadoras a enviar, numa fatura mensal, detalhes da velocidade desfrutada.
Publicado 15/10/2009 20:14 | Editado 04/03/2020 16:10

A Agência Nacional de Telecomunicações admite: grande parte dos clientes não tem disponível nem a metade da velocidade prometida pelas operadoras. "O cliente também não tem como exigir seus direitos", disse à Agência Estado a conselheira da Anatel, Emília Ribeiro, nesta terça-feira.
Perpétua Almeida, aliás, elogiou a iniciativa da agência de telecomunicações, mas avisou que o detalhamento em fatura, amparado numa lei federal, como ela propõe, dará maior segurança aos assinantes. "A Anatel idealiza proteger o consumidor em velocidades que devem oscilar entre máximas e mínimas pré-estabelecidas em contrato. Ainda assim, é preciso que esses dados cheguem à residência das pessoas em forma de fatura, esmiuçada, como acontece com os consumidores de luz e água. Sem isso, todos correrão os mesmos riscos e, futuramente, como ocorre hoje, não terão instrumentos legais para comprovar, junto aos procons, que as operadoras quebraram o contrato", explica a deputada.
O Brasil tenta importar um programa de computador que é sucesso no Chile. Ele permite medir a velocidade da conexão, após ser baixado em casa ou no escritório, gratuitamente. "Estamos tentando trazer pra cá também", finalizou a conselheira da Anatel.
As novas regras do Sistema de Telefonia são amparadas num outro ponto fundamental previsto no projeto da deputada: incentivar a competição e a entrada de outras empresas no setor. "Queremos criar responsabilidade às empresas que operam todos os tipos de banda larga. Quando há transparência,o usuário pode comparar a qualidade do serviço ofertado entre uma, duas ou mais prestadoras", concluiu a deputada.
O serviço é considerado essencial e abrange 18 milhões de assinantes no país. Diante de flagrantes de irregularidades, as operadoras estarão sujeitas a processos administrativos e multas.