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Temas sociais ganham destaque no Ano da França no Brasil

Seminário reuniu em Brasília franceses e brasileiros para discutir o papel da sociedade civil na luta contra a desigualdade e exclusão social.

O papel da sociedade civil na gestão pública e a busca de alternativas de combate às desigualdades foi destaque no Colóquio Brasil-França – Cooperação, solidariedade e democracia: a luta contra as desigualdades e exclusão. O evento reuniu, na quarta-feira (21), em Brasília, integrantes de organizações não governamentais (ONGs) brasileiras e francesas e membros do governo federal para tratar de temas como agricultura familiar, combate ao desmatamento, relações entre o espaço urbano e a exclusão social, saneamento e renovação urbana.

O encontro – parte da programação oficial do Ano da França no Brasil – foi uma oportunidade também para os representantes de ONGs filiadas à Associação Brasileira de ONGs (Abong) e à Coordenação Nacional de ONGs Francesas de Solidariedade Internacional (Coordination Sud), trocarem experiência e reforçar a cooperação entre os dois países na área de voluntariado.

Responsável de Programas Internacionais da Coordination Sud, Alexandre Tiphagne destacou a importante atuação da sociedade civil na tomada de decisões dos governos. “As associações e organizações governamentais possuem uma forte experiência de campo, pois atua muitas vezes em locais onde o Estado não consegue chegar. Por isso a importância desse diálogo entre ONGs e governos para promover mudanças nas políticas públicas de combate às desigualdades”, defendeu Tiphagne.

Presidente da Gret – Profissionais do Desenvolvimento Solidário – ONG que mantém projetos em Belém, no estado do Pará -, Yves Le Bars falou sobre a importância da atuação das ONGs para uma reforma na política de produção de alimentos. “Hoje, a produção mundial de alimentos não tem como preocupação a segurança alimentar, e sim o comércio. Ainda há muito a ser feito nesse segmento, e só a participação da sociedade civil é capaz de promover o equilíbrio de forças visando o combate à fome no mundo”, afirmou Le Bars.

Sintonizado com o discurso dos representantes da sociedade civil, o secretário-executivo da Secretaria-Geral da Presidência da República, Antonio Roberto Lambertucci, defendeu que a participação social é uma política incorporada à gestão pública pelo atual governo. “O intercâmbio entre sociedade civil e governo está bastante consolidado. Nos últimos sete anos, foram realizadas 60 conferências temáticas, que resultaram em importantes iniciativas públicas voltadas para as minorias, como os jovens em confronto com a lei, as mulheres, os negros e GLBTs (gays, Lésbicas, bissexuais e transgêneros)”, exemplificou o secretário-executivo.

Os patrocinadores do Ano da França no Brasil são:

Comitê de patrocinadores franceses:
Accor, Air France, Alstom, Areva, Caixa Seguros, CNP Assurance, Câmara de Comércio França-Brasil, Dassault, DCNS, EADS, GDF SUEZ, Lafarge, PSAPeugeot Citroën, Renault, Saint-Gobain, Safran, Thales, Vallourec.

Patrocinadores brasileiros:
Banco Fidis, Banco Itaú, Bradesco, BNDES, Caixa Econômica Federal, Centro Cultural Banco do Brasil, Correios, Eletrobrás, Fiat, Gol, Grupo Pão de Açúcar, Infraero, Oi, Petrobras, Santander, Serpro.

Parceria: Ministério da Cultura, Ministério das Relações Exteriores, TV5Monde, Ubifrance, Aliança Francesa, CulturesFrance, TV Brasil, SESC, SESC SP.

Realização:
Governo Federal do Brasil e República Francesa