PMA realiza II Conferência Municipal de Cultura

Debater a cultura e seus diversos aspectos em um encontro entre autoridades e a sociedade civil para a construção de políticas públicas culturais. Esse é o objetivo da II Conferência Municipal de Cultura, promovida pela Prefeitura Municipal de Aracaju, através da Fundação Municipal de Cultura, Turismo e Esportes (Funcaju). Nesta sexta-feira, 30, no Parque da Sementeira, cerca de 300 pessoas participaram das atividades de abertura do evento, que segue até sábado, 31.

Elder Vieira palestrou sobre cultura e desenvolvimeto - André Moreira

Pela manhã, houve palestra com o tema ‘Cultura, Cidadania, Diversidade e Desenvolvimento' e apresentação dos objetivos e metodologias que serão trabalhadas na conferência, além de explanação dos eixos temáticos. O evento contou com a apresentação do Quinteto Sanfônico, tocando o Hino Nacional. Até sábado serão realizadas diversas atividades de grupos de trabalho e a plenária final, onde haverá eleição dos delegados e elaboração do documento final para ser apresentado na próxima conferência estadual, que acontece nos dias 5 e 6 de dezembro.

O presidente da Funcaju, Waldoilson Leite, lembra que essa iniciativa parte de uma orientação do Ministério da Cultura. "Aracaju, por ser uma capital, não podia deixar de abraçar um evento dessa importância. Aqui serão criadas bases para que, em nível nacional, possamos conseguir recursos para investir em nossa cultura. E o prefeito Edvaldo Nogueira, sempre muito sensível à causa cultural, não mediu esforços na realização dessa conferência, que está tendo uma excelente participação dos agentes culturais locais. Acreditamos que, nesses dois dias, consigamos sair daqui com um encaminhamento para conclusão de um plano municipal de cultura", reiterou.

Democratização

O vice-prefeito de Aracaju, Silvio Santos, representou o prefeito Edvaldo Nogueira na solenidade. Para ele, a iniciativa é essencial para a sociedade discutir as políticas públicas culturais. "Uma oportunidade ímpar de poder fugir do lugar comum, onde os detentores de mandato se achavam iluminados o suficiente para decidir os destinos da política de cultura. E através das conferências a sociedade também participa. Além de democrático, o evento é importante porque fortalece a cultura", defende.

De acordo com a secretária estadual de Cultura, Eloísa Galdino, as políticas públicas começam nos municípios. "Quando pensamos em Aracaju, a capital de todos os sergipanos, a conferência de cultura é fundamental porque é um espaço em quem os produtores e artistas podem debater a cultura em seu âmbito simbólico, cidadão e econômico. Dessa conferência tiraremos elementos para o debate da conferência estadual e nacional, ou seja, a construção de uma política pública interligada nas três esferas do poder público", explica.

Para a cantora sergipana Amorosa, a interatividade entre o poder público e a sociedade civil voltada à cultura, é uma iniciativa de relevância grandiosa, mas que terá resultados a médio e longo prazo. "A importância desse evento é ouvir quem faz arte porque somos os conhecedores da realidade do nosso mercado e das necessidades em Aracaju e Sergipe. Passos como esse podem consolidar a implementação do que mais sonhamos, uma política cultural real", defendeu.

Eixos Temáticos

Na palestra ‘Cultura, Cidadania, Diversidade e Desenvolvimento', ministrada pelo secretário de Articulação Institucional do Ministério da Cultura, Elder Vieira, foi feito um balanço do Ministério da Cultura (MInc) na atual gestão. "O debate foi focado fortemente na relação entre cultura e desenvolvimento nacional. Cultura não é um elemento à parte do projeto de uma cidade, estado ou país. Ela é parte integrante, base fundamental, uma fronteira de desenvolvimento econômico e de inclusão social", explica Elder Vieira

Durante a conferência serão discutidos cinco eixos-base voltados a grandes temas. A partir deles, cinco grupos de trabalho vão elaborar propostas para serem submetidas à plenária final. Para o diretor de Cultura da Funcaju, Alisson Couto, a expectativa para este evento é positiva, já que todos os municípios do país estão trabalhando simultaneamente em torno das discussões de interesses culturais.

"A conferência é municipal, mas como grande mobilização nacional. E Aracaju não está fora disso, ao contrário, está muito bem inserido nesse processo. É de fundamental importância discutir com a sociedade sobre a construção e o alicerce das políticas de cultura de nossa cidade e, a partir dessas diretrizes, vamos discutir o plano municipal de cultura", defende Alisson.