Movimento leva 400 às ruas pelo metrô
Cerca de 400 pessoas integrantes do Movimento de Luta em Defesa das Obras do Metrô em BH e na Região Metropolitana fizeram na tarde de ontem (5) uma manifestação na área central da cidade, cobrando efetividade na ampliação do sistema de transporte público.
Publicado 06/11/2009 14:44 | Editado 04/03/2020 16:51
Com apitos, cartazes, bandeiras, carro de som e até um mini-trem improvisado, os manifestantes se concentraram na Praça Sete. Ali fizeram um mini-comício apresentando a pauta de reivindicações: liberação das verbas para a conclusão das obras do projeto das linhas 2 e 3 (já existente); criação da Frente Parlamentar Ampla Suprapartidária, reunindo políticos das três esferas: municipal, estadual e federal; e a realização de audiências públicas com os prefeitos de Belo Horizonte, Contagem e Betim e ainda com o governador Aécio Neves. O propósito é o de destravar os empecilhos que impedem a efetivação do metrô, cujas obras de arrastam há 30 anos.
Idosos, lideranças e representantes de movimentos sociais; associações de bairro; usuários de transporte coletivo, centrais sindicais; entidades estudantis, de terreiros de candomblés; de mulheres e representantes do mandato da deputada federal Jô Moraes, dentre outros, se fizeram presentes entoando refrões e palavras de ordem em favor das obras.
Passeata
Os participantes se revezaram nos discursos de cobrança da ampliação do sistema de transporte coletivo e também nas denúncias contra as promessas não-cumpridas e de interesses econômicos. No caso, de concessionários de ônibus sobre o setor, como destacou o presidente do Sindicato dos Metroviários, José Alves, o Zezinho. A cobrança da extensão da linha até o Barreiro- região responsável por 40% da arrecadação da cidade – foi uma das tônicas dos discursos.
A deputada federal Jô Moraes PCdoB/MG), que tem atuado em defesa das obras e está presente nesta frente desde a constituição do Movimento Pró-Metro, em maio passado, ontem não pode participar da manifestação. Estava em Brasília e à tarde em São Paulo, onde fica até domingo. Como dirigente estadual e membro da direção nacional, ela participa do 12º Congresso do PCdoB. Evento que reúne em São Paulo não só os representantes da legenda de todo o Brasil, quanto 49 delegações de 32 países.
Após a concentração na Praça Sete, os manifestantes seguiram em direção à Prefeitura. Na saída, policiais da BHTrans avisaram que o mini-trem estava impedido de seguir a manifestação em razão de um pisca alerta estar queimado. Questão que não impediu a continuidade do movimento. Na Prefeitura, os manifestantes entregaram um documento com as demandas, e solicitaram a marcação de uma audiência com o prefeito Márcio Lacerda. Depois seguiram pelas avenidas Afonso Pena, Álvares Cabral, Augusto de Lima e desceram a rua Espírito Santo até a Praça da Estação, onde o protesto foi encerrado.