Movimento leva 400 às ruas pelo metrô

Cerca de 400 pessoas integrantes do Movimento de Luta em Defesa das Obras do Metrô em BH e na Região Metropolitana fizeram na tarde de ontem (5) uma manifestação na área central da cidade, cobrando efetividade na ampliação do sistema de transporte público.

Com apitos, cartazes, bandeiras, carro de som e até um mini-trem improvisado, os manifestantes se concentraram na Praça Sete. Ali fizeram um mini-comício apresentando a pauta de reivindicações: liberação das verbas para a conclusão das obras do projeto das linhas 2 e 3 (já existente); criação da Frente Parlamentar Ampla Suprapartidária, reunindo políticos das três esferas: municipal, estadual e federal; e a realização de audiências públicas com os prefeitos de Belo Horizonte, Contagem e Betim e ainda com o governador Aécio Neves. O propósito é o de destravar os empecilhos que impedem a efetivação do metrô, cujas obras de arrastam há 30 anos.

Idosos, lideranças e representantes de movimentos sociais; associações de bairro; usuários de transporte coletivo, centrais sindicais; entidades estudantis, de terreiros de candomblés; de mulheres e representantes do mandato da deputada federal Jô Moraes, dentre outros, se fizeram presentes entoando refrões e palavras de ordem em favor das obras.

Passeata

Os participantes se revezaram nos discursos de cobrança da ampliação do sistema de transporte coletivo e também nas denúncias contra as promessas não-cumpridas e de interesses econômicos. No caso, de concessionários de ônibus sobre o setor, como destacou o presidente do Sindicato dos Metroviários, José Alves, o Zezinho. A cobrança da extensão da linha até o Barreiro- região responsável por 40% da arrecadação da cidade – foi uma das tônicas dos discursos.

A deputada federal Jô Moraes PCdoB/MG), que tem atuado em defesa das obras e está presente nesta frente desde a constituição do Movimento Pró-Metro, em maio passado, ontem não pode participar da manifestação. Estava em Brasília e à tarde em São Paulo, onde fica até domingo. Como dirigente estadual e membro da direção nacional, ela participa do 12º Congresso do PCdoB. Evento que reúne em São Paulo não só os representantes da legenda de todo o Brasil, quanto 49 delegações de 32 países.

Após a concentração na Praça Sete, os manifestantes seguiram em direção à Prefeitura. Na saída, policiais da BHTrans avisaram que o mini-trem estava impedido de seguir a manifestação em razão de um pisca alerta estar queimado. Questão que não impediu a continuidade do movimento. Na Prefeitura, os manifestantes entregaram um documento com as demandas, e solicitaram a marcação de uma audiência com o prefeito Márcio Lacerda. Depois seguiram pelas avenidas Afonso Pena, Álvares Cabral, Augusto de Lima e desceram a rua Espírito Santo até a Praça da Estação, onde o protesto foi encerrado.