Orlando Silva: “O PCdoB é bom de política e é bom de governo!”
Após mais uma bateria de intervenções do plenário, no período da tarde desta sexta-feira (6/11) foi a vez do Ministro do Esporte, Orlando Silva, realizar sua intervenção especial “Os esportes, a Olimpíada Rio-2016 e o projeto nacional”. O plenário vibrou quando Orlando falou da Olimpíada 2016.
Publicado 06/11/2009 20:33

O Ministro começou sua intervenção classificando o momento atual como “o mais importante da nossa vida partidária” e considerou que “o Brasil vive um momento singular e os comunistas do Brasil devem celebrar cada uma das conquistas”.
Orlando creditou a eleição do presidente Lula em 2002 às lutas da esquerda e dos movimentos sociais brasileiros e ressaltou que o PCdoB foi o único partido que apoiou Lula em todas as campanhas eleitorais. Entretanto, o Ministro lembrou que “nesse período não vivemos apenas dias calmos” referindo-se aos escândalos e acusações ocorridos durante os dois mandatos do governo Lula, como o cerco feito pela grande imprensa e os partidos de direita em 2005. Entreatnto, a conclusão é que “o Partido não se confundiu com o governo, manteve sua independência e coerência política, ao tempo em que foi leal ao povo, aos aliados e ao governo que apóia”. Orlando afirmou que a conduta ética com a coisa pública é, para o PCdoB, “prática permanente” e não bandeira política.
A unidade do partido também foi valorizada como elemento fundamental, e que se mantém imaculada. E o arremate do Ministro acerca do papel dos comunistas no governo federal foi que “a participação mais destacada no Governo Federal permitiu ao partido mostrar ao Brasil o que muitas cidades e estados já haviam conhecido: o PCdoB é bom de política e é bom de governo!”.
Rafael Neddermeyer |
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Balanço da atuação no Ministério
Em seguida o Ministro do Esporte apresentou um certo balanço, positivo, da atuação dos comunistas à frente da pasta. Ao se referir ao Ministério do Esporte (ME), a expressão utilizada foi “usina de boas notícias para o Governo”.
Conhecido pelo seu carisma, Orlando falou de diversos programas do ME e confessou ser “indescritível a felicidade nos olhos de pessoas de comunidades simples que ganham quadras, ginásios, piscinas ou pistas”.
O Ministro citou as duas conferências nacionais do esporte e garantiu que a terceira será em 2010. Falou da atuação do ME em relação ao futebol, paixão nacional, mas o ponto alto foi quando Orlando falou sobre a Olimpíada 2016.
O plenário ficou agitado e vibrou intensamente quando o Ministro comunista disse que, depois de o Brasil ter realizado “os melhores Jogos Panamericanos e Parapanamericanos da história”, agora, “o Brasil se prepara para realizar os Jogos Mundiais Militares em 2011; a Copa das Confederações em 2013 e o Mundial de Futebol em 2014, ambos da Fifa [Federação Internacional de Futebol]. E, a mais recente conquista são os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos em 2016”.
Conquistas não são mera coincidência
Para Orlando, essas realizações “não são acontecimentos fortuitos”, e as atribuiu ao fato do multilateralismo ter ganhado força na geopolítica mundial a um “novo protagonismo do país na cena mundial”. Ainda sobre os grandes eventos esportivos internacionais, explicou que estes mantêm relação com o projeto de desenvolvimento do país, pois ajudam a “balizar investimentos em infraestrutura e serviços essenciais para a vida de nossas principais metrópoles, principalmente o Rio de Janeiro – o portal do Brasil para o mundo”. Orlando discorreu sobre os ganhos econômicos e em termos das políticas esportivas, e agregou que a promoção do país enquanto destino turístico e para sua própria imagem em âmbito internacional são também conseqüências positiva deste processo.
“O mundo conhecerá mais de perto um país-continente, democrático, estável, moderno, uno na diversidade cultural, uma nação vocacionada para a integração e um povo misturado que é uma síntese do mundo”, poetizou o Ministro, que finalizou o ponto dos grandes eventos esportivos falando dos “ganhos intangíveis na auto-estima do nosso povo”.
O Ministro seguiu falando sobre o avanço do PCdoB em termos da atuação institucional e em entidades ligadas ao esporte, valorizando a característica militante dos gestores filiados ao PCdoB: “insisto. Nos governos, os comunistas devem servir abnegadamente ao interesse público, servir ao povo, e essa dedicação por certo aprofundará nossos laços com aqueles que constroem o Brasil”.
Orlando finalizou sua intervenção justificando o fato de ter apresentado um balanço da sua gestão à frente do Ministério: “o sentido é de prestar contas à militância do Partido pelo trabalho realizado por um grupo de camaradas que tira energia desse coletivo, atua referenciado nele e busca, de uma dada trincheira, travar o melhor combate que pode um comunista realizar”.
De São Paulo, Luana Bonone