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Bolivianos se preparam para as eleições em dezembro

A pouco menos de um mês, os bolivianos iniciaram no sabado (7) a contagem regressiva diante das eleições gerais do próximo 6 de dezembro, nas que decidirão também a composição da nova Assembléia Legislativa Plurinacional.

A Corte Nacional Eleitoral (CNE) suspendeu na semana que conclui e pelos seguintes 30 dias os atos de entrega de bens e obras, ao mesmo tempo em que anunciou que começava a depuração dos mais de cinco milhões de pessoas registradas no sistema digital biométrico.

O máximo organismo eleitoral definiu também o sorteio de mais de 136 mil 800 júris eleitorais para as 22 mil 800 mesas de votação que funcionarão no país e nos Estados Unidos, Argentina, Espanha e Brasil, para o voto dos emigrantes.

A corrida eleitoral das oito forças políticas em disputa decorre no meio das primeiras pesquisas que dão como favorito nas urnas o binômio do atual mandatário Evo Morales e seu vice-presidente, Álvaro García.

No caso dessa dupla, que representa ao governamental Movimento ao Socialismo (MAS), são cada vez novos setores sociais, entre eles profissionais e representantes de classe média, os que proclamam sua reeleição em um segundo mandato 2010-205, garantia da continuidade da mudança e da estabilidade no país.

Por sua vez, seu mais próximo rival, a aliança opositora Plano Progreso para Bolívia – Convergencia Nacional (PPB-CN) do ex- governador cochabambino Manfred Reyes Villa, sofreu em duro revés nesta semana ao receber uma sentença da justiça. A medida impede a Reyes Villa viajar ao exterior para apresentar sua campanha e planos de governo.

Por outro lado, seu colega de chapa, o ex-governador de Pando Leopoldo Fernández, permanece preso em um presídio de La Paz, acusado do massacre de camponeses em setembro de 2008, o que impede suas aparições públicas e declarações à imprensa.

Consultado sobre o tema durante uma reunião com sindicalistas em Santa Cruz, o vice-presidente Álvaro García disse que a sentença de Reyes Villa compete ao âmbito judicial.

As eleições de dezembro na Bolívia serão as mais fiscalizadas da sua história, segundo analistas. Até a data, organismos internacionais como a Organização de Estados Americanos (OEA) e a União Européia (UE) manifestaram sua disposição a enviar missões de observação.

A UE, por exemplo, anunciou que enviaria 110 especialistas. O subchefe da Missão de Observadores da UE, José Antonio de Gabriel, informou que chegarão em primeiro lugar 42 observadores, número que aumentará gradualmente até chegar aos 110 em dezembro.

Por sua vez, o Conselheiro da Delegação da Comissão Européia, Ivo Hoefkens, recordou que será a terceira observação eleitoral, o que expressa claramente o compromisso da UE com a Bolívia e seus processos democráticos.

Na semana que conclui, algo sem precedentes, também quatro ministérios prestaram conta de seu gerenciamento em 2009 diante das organizações sociais. As pastas da Presidência, Autonomias, Defesa Legal e Relações Exteriores expuseram os resultados de seu labor neste ano aos líderes desses agrupamentos comunitários.

Esse processo tem o objetivo de fazer mais transparentes as políticas públicas e promover o comportamento ético dos servidores públicos, bem como implementar o controle social, tal como estável a nova Constituição Política do Estado, vigente desde fevereiro passado.

Nos relatórios, os representantes dessas instituições, precisaram inclusive os estados financeiros de cada entidade e as chamadas memórias anuais. Antes uma exposição similar foi realizada pelo ministério de Educação.

Também na semana, a estatal Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos (YPFB) e as empresas que operam no país adiantaram que investirão cinco bilhões 333 milhões de dólares em tarefas de exploração para aumentar a produção de gás natural até o ano 2015.

O plano da YPFB prevê a perfuração de 10 poços de exploração que se calcula que aumentem a produção em aproximadamente cinco milhões de metros cúbicos dia de gás, com um investimento inicial de 379 milhões de dólares.

Fonte: Pátria Latina