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Resistência analisa estratégia ante farsa eleitoral em Honduras

A Frente Nacional contra o golpe de Estado em Honduras realizará nesta sexta-feira (13) uma assembléia de suas organizações para coordenar ações frente ao que denunciou como farsa eleitoral do regime golpista. A vasta aliança de forças progressistas já havia adiantado desde agosto passado que não reconheceria as eleições do próximo dia 29 se não fossem restituídos a ordem constitucional e o presidente Manuel Zelaya, deposto em 28 de junho.

Diante do não cumprimento desses objetivos, a Frente proclamou, no último dia 5, seu desconhecimento ativo do processo eleitoral. "Eleições impulsionadas por um regime de fato, que reprime e atropela os direitos humanos e políticos dos cidadãos, seriam só uma forma de validação da ditadura da oligarquia", afirmou em um comunicado.

Assinalou também essas eleições como um método para assegurar a continuação de um sistema que marginaliza e explora os setores populares para garantir os privilégios de uns poucos. "A participação em tal processo daria legitimidade ao regime golpista ou a seu sucessor que se instalaria de maneira fraudulenta no dia 27 de janeiro de 2010", agregou.

Indicou que o desconhecimento da farsa eleitoral se manterá firme ainda que antes do dia 29 de novembro, seja restituído em seu cargo o presidente Zelaya. Falou que o tempo restante para a votação "é um muito curto para desmontar a fraude eleitoral que se forjou para assegurar que um dos representantes da oligarquia golpista seja imposto".

"A declaração anterior não significa que renunciamos à nossa reivindicação fundamental de regressar a Honduras a ordem institucional, que inclui a volta do presidente Zelaya ao cargo para o qual foi eleito pelo povo", sublinhou.

A rejeição às eleições organizadas pelo regime de fato foi ratificada ontem pelo coordenador geral da Frente, Juan Barahona, durante uma manifestação em frente ao Congresso Nacional. "Aqui ninguém se cansa, ninguém se rende. Esta é uma luta moral de um povo que acordou e aprendeu a defender seus direitos, e que não desanima porque estamos pelos ideais de Francisco Morazán", assegurou Barahona em um discurso.

De acordo com a convocação, a assembléia desta sexta-feira começará a partir das 15h00 local em uma sede sindical de Tegucigalpa.

Fonte: Prensa Latina