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 Bolívia: oposição de direita vaia Morales em abertura de jogos

Parlamentares aliados ao Governo da Bolívia atribuíram as vaias contra o presidente do país, Evo Morales, durante a cerimônia abertura dos Jogos Bolivarianos, na cidade boliviana de Sucre, a um ataque eleitoral, diz a edição deste domingo do jornal "La Razón".

Uma pequena parte do público presente à abertura do evento esportivo apitou e vaiou Morales no momento de sua entrada no estádio Patria de Sucre e a cada vez que os alto-falantes anunciavam o nome do presidente e a delegação da Venezuela.

Morales não se dirigiu aos presentes apesar de a programação da cerimônia incluir um discurso seu.

Para Félix Rojas, senador do governista Movimento Ao Socialismo (MAS), as vaias recebidas por Morales ontem foram planejadas por "um pequeno grupo racista que ainda existe naquela parte do país".

O deputado Gustavo Torrico, também do MAS, pediu para que seus correligionários não caiam nas "provocações, podem levar três mil pessoas para vaiar, mas vamos mostrar a vaia quando tivermos que contar os votos nas urnas", em alusão às eleições gerais de 6 de dezembro, quando Morales tentará a reeleição.

Brasil

Em 2007, durante a abertura dos Jogos Pan Americanos no estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva também foi vaiado por uma claque de militantes direitistas arregimentada pelo então prefeito do Rio, o oposicionista César Maia (DEM).

A repercussão do incidente foi grande e parece que a iniciativa grosseira de Cesar Maia fez escola. Mas a exemplo do Brasil, onde Lula dispõe da mais alta popularidade que um presidente já alcançou, na Bolívia, Evo Morales também é muito popular e deve ser reeleito nas próximas eleições presidenciais, fazendo com que as vaias da direita sejam apenas mais uma manifestação de desespero dos oposicionistas.

Da redação,
com agências