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 TCU aponta 79 falhas em obra do rodoanel paulista

As obras do trecho sul do rodoanel Mário Covas têm 79 falhas graves, segundo um relatório do Tribunal de Contas da União (TCU) emitido em setembro.

Embora ainda não seja possível afirmar que o problema que levou à queda de três vigas sobre a rodovia Régis Bittencourt (BR-116) na sexta-feira (13) esteja relacionado com os defeitos apontados pelo órgão, uma das hipóteses para o acidente é a de erros na instalação das vigas do viaduto. As vigas caíram sobre dois carros e um caminhão, deixando três pessoas feridas.
A diminuição do número de vigas em relação ao projeto básico, de sete para cinco ou seis a cada vão livre dos novos viadutos, e a mudança do tamanho das estacas foram algumas das falhas relatadas pelo tribunal no documento.

No trecho 5, local da queda, deveriam ser usadas fundações de concreto para sustentar os vãos livres dos viadutos. Contudo, o consórcio das empreiteiras OAS, Mendes Júnior e Carioca alterou o plano a fim de diminuir os custos, usando vigas pré-moldadas, mais baratas, nas estruturas.

Devido a alterações como essas, o TCU informou que foram detectados indícios de superfaturamentos na obra que chegam a R$ 184 milhões.

Ontem, o secretário dos Transportes, Mauro Arce, disse ter "certeza" de que o uso de vigas pré-moldadas não foi o que levou à queda. As causas serão investigadas por peritos do Instituto de Pesquisas Tecnológicas e da Dersa. Arce disse que as 2.380 vigas do rodoanel serão vistoriadas.