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Empregos com carteira  passa de 1 mi; 2010 deve chegar a 2 mi

O Brasil conseguiu criar 1.163.607 de postos de trabalho até outubro. Somente no mês passado, foram gerados 230.956 empregos com a admissão de 1.433.915 pessoas e demissão de 1.202.959.

Entre os setores, os que mais de destacaram foram a indústria de transformação, o setor de serviços e o comércio. Segundo o Ministério do Trabalho, pelo terceiro mês consecutivo o número de empregos gerados com carteira assinada superou a marca de 200 mil. O resultado de outubro se deve ao desempenho recorde em cinco dos oito setores da atividade econômica.

O principal destaque foi a indústria de transformação, que ampliou o seu quadro em 74.552 novos postos, também um recorde para meses de outubro. Outros setores com contrações líquidas recordes foram serviços (69.581), comércio (68.516), construção civil (26.156) e extrativa mineral (1.157). O único setor que demitiu mais do que contratou foi o agropecuário, com dispensas líquidas de 11.569.

Segundo o Ministério do Trabalho, essa redução se deve à entressafra, principalmente no Sudeste do país. “Não me surpreendo com esse número de 1.163.607, porque desde março vínhamos falando da solidez do mercado interno, da força da economia nacional e das ações do governo para enfrentar a crise”, afirmou o ministro Carlos Lupi.

Massa salarial

Segundo o ministro, o resultado mostra que o Brasil é o único país do G-20 a gerar mais de 1 milhão de empregos e disse que no próximo ano o país vai chegar ao saldo acumulado de 2 milhões de empregos. Lupi disse ainda que o Produto Interno Bruto (PIB, soma de todos os bens e serviços produzidos pelo país) de 2010 poderá crescer entre 7% e 8%. Entre as áreas que devem ter maior expansão em 2010, ele citou a indústria de transformação e o setor de serviços.

Para 2010, Lupi previu a geração de 2 milhões de empregos formais no país. Se a marca for atingida, segundo ele, será o maior número de geração de empregos em um ano na história do país. “Temos que ter crença na economia nacional e temos que acabar com o complexo de ser pequeno”, afirmou o ministro, que previu que o setor de serviços continue sustentando a geração de empregos no Brasil.

Lupi também destacou a elevação da massa salarial de janeiro a outubro, 4,4% acima da inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). Para o ministro, o aumento da massa salarial foi o maior impulso para que o País saísse da crise financeira internacional. Ele disse que anunciará, nos próximos dias, um recorde histórico no pagamento do abono salarial, concedido a trabalhadores com renda média de até dois salários mínimos no ano anterior.

Demissões

"A maior alavanca para sair dessa crise foi a massa salarial. O aumento do salário mínimo injetou muito dinheiro na economia, assim como os abonos salariais. Em comparação com o mês anterior (setembro) a média de salário cresceu 0,97%.O crescimento real do salário mínimo acima da inflação foi a mola que promoveu a recuperação da economia", disse Lupi.

O ministro, no entanto, não se arriscou a prever um número de criação de empregos para fechar 2009. Lupi manteve a expectativa de fechar o ano na marca de 1,1 milhão empregos formais, evitando afirmar que os meses de novembro e dezembro podem ter saldo negativo, com aumento das demissões.

"Para encerrar o ano, vamos ter em dezembro o menor índice de demissões. A força da economia interna puxou a geração de 1.163 milhão de empregos até agora, mas não quero apostar num resultado maior nesse momento", afirmou. "Ouso afirmar que novembro terá uma grata surpresa de contratação, também com recorde para ser o melhor novembro da história. O melhor novembro foi em 2007 com 125 mil, então devemos passar dos 150 mil empregos no mês", disse.

Com agências