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Desemprego alto trava economia dos Estados Unidos

Sem perspectiva de queda efetiva, o desemprego deve restringir o frágil crescimento da economia dos Estados Unidos em 2010, que também será afetada pelo aperto do crédito. A previsão é do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central do EUA), Ben Bernanke.

"Eu espero que um crescimento econômico moderado continue ano que vem. A demanda final mostra sinais de fortalecimento, impulsionada por uma melhora ampla nas condições financeiras", disse Bernanke em discurso na Clube Econômico de Nova York.

Em seu primeiro discurso oficial desde que a última do Fed, no início do mês, em que voltou a manter os juros nos níveis mais baixos da história do país, Bernanke disse que os empregos devem se manter restritos e a inflação baixa por algum tempo.

Em 4 de novembro, o Fed manteve a meta da taxa dos Fed Funds na faixa de zero a 0,25%, prevendo uma recuperação lenta. O BC disse que espera manter os juros perto de zero por um "período prolongado" diante do desemprego elevado e a baixa inflação.

Além disso, o Fed divulgou pela primeira vez os três indicadores chaves que utilizará para determinar quando apertará a política monetária. São eles: desemprego, núcleo da inflação e expectativas de inflação.

"Tanto o declínio dos postos de trabalho, quanto o aumento na taxa de desemprego, foram mais severos do que em qualquer outra recessão desde a II Guerra Mundial", afirmou Bernanke.

Os EUA recuperam-se muito lentamente da pior recessão desde a Grande Depressão, em 1929. Embora a economia do país tenha crescido no terceiro trimestre pela primeira vez em mais de um ano, o processo de retomada permanece frágil. A taxa de desemprego norte-americana, por exemplo, atingiu 10,2% em outubro – o maior nível dos últimos 26 anos.

Com agências