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Seminário vai debater exemplo do Brasil no combate à crise

Personalidades nacionais e internacionais vão debater os impactos da crise financeira que começou em 2008 e se mantém no centro das preocupações da economia mundial no seminário Desdobramentos da Crise Financeira Global. O evento, proposto pelo presidente da Comissão de Desenvolvimento Econômico, deputado Edmilson Valentim (PCdoB-RJ), será realizado nesta terça-feira (17), e vai destacar as alternativas do Brasil para o combate à crise.

Os indicadores mais recentes da economia brasileira dão conta que o Brasil foi um dos países menos atingidos pela crise internacional e um dos primeiros a superar as dificuldades econômicas. O “modelo anticíclico” adotado pelo governo brasileiro é tido como referência nos mais importantes fóruns internacionais onde se discute a crise.

A expectativa é que o seminário aprofunde a análise sobre essas questões e apresente de forma sistemática o conjunto de ações que manteve a estabilidade da economia brasileira nos momentos mais críticos.

O primeiro tema a ser debatido é “A crise e a re-regulamentação do sistema financeiro internacional”. Os expositores são John C. Robertson, do Federal Reserve Bank of Atlanta (EUA); Sérgio Odilon dos Anjos, do Banco Central do Brasil, e Márcio Pochmann, presidente do Ipea.

À tarde, o foco do debate será “As respostas do Brasil à crise financeira”. Para debater o assunto foram convidados Paulo Nogueira Batista Junior, diretor-executivo no Fundo Monetário Internacional (FMI); Maria Fernanda Ramos Coelho, presidenta da Caixa Econômica Federal; Aldemir Bendine, presidente do Banco do Brasil; o deputado Armando Monteiro (PTB-PE), presidente da CNI; e Carlos Thadeu de Freitas Gomes, da CNC.

O evento reunirá, na solenidade de abertura, no auditório da TV Câmara, o presidente da Câmara dos Deputados, deputado Michel Temer (PMDB-SP), o ministro da Fazenda, Guido Mantega, e o presidente do Banco Central do Brasil, Henrique Meirelles.

Exemplo do Brasil

A crise, que eclodiu em 2007, nos Estados Unidos, a partir do mercado de hipotecas, teve seu momento dramático em setembro de 2008, com a quebra de grandes bancos. Os efeitos se espalharam por praticamente todas as nações do mundo. As consequências da crise logo se fizeram sentir no início de 2009, com retração do comércio internacional, possivelmente a mais grave desde 1929.

Nos fóruns internacionais onde se debate a crise, a regulamentação do sistema financeiro global tornou-se o mais importante ponto de pauta e ao mesmo tempo o mais difícil para se construir um acordo capaz de proteger as economias das nações de outras possíveis crises financeiras no futuro.

O Brasil construiu alternativa original, com resultados positivos, mantendo os investimentos em infraestrutura, por meio do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), ampliando a rede de proteção social (Bolsa Família e outros programas), ampliando o crédito e promovendo a desoneração de produtos de diversas cadeias produtivas da indústria (automóveis, construção civil, eletrodomésticos da linha branca). Com isso protegeu o mercado de trabalho de uma deterioração maior e manteve o controle da inflação.

Fonte: Comissão de Desenvolvimento Econômico