BA: UBM realiza atividades pelo fim da violencia contra a mulher
Em comemoração ao Dia Internacional da Não-Violência contra a Mulher, 25 de novembro, a União Brasileira de Mulheres – Núcleo Itabuna programou uma série de atividades de conscientização quanto aos direitos da mulher. “O combate a violência é questão de ordem hoje no movimento feminista”, afirmou a coordenadora geral da UBM na cidade, Audaci Berilo.
Publicado 17/11/2009 21:19 | Editado 04/03/2020 16:20
A programação tem início dia 23, com uma palestra sobre a Lei Maria da Penha e seus aspectos jurídicos, ministrada pela titular da Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (DEAM) de Itabuna, Drª Ivete Silva Santana. Os aspectos da Lei de proteção às mulheres vítimas de violência retornam ao centro dos debates no dia seguinte, com explanações da chefe da Divisão de Combate à Violência Contra a Mulher, da Secretaria de Assistência Social de Itabuna, Alzira Marques.
No dia 25, a UBM lança a campanha de 16 dias de ativismo durante ato público, seguida de caminhada organizada em parceria com o Conselho Municipal em Defesa dos Direitos da Mulher. Nesta quarta-feira (18/11), inclusive, será eleita a nova presidente do Conselho, no qual a UBM tem cadeira cativa.
A passeata pretende mobilizar cerca de 500 pessoas, uníssonas em torno do slogan permanente “Uma vida sem violência é um direito das mulheres. Comprometa-se. Tome uma atitude. Exija seus direitos.” A campanha conta com veiculação em outdoors, estampas em camisetas e a distribuição gratuita de exemplares do Boletim da UBM.
Empresas de ônibus intermunicipais que apóiam a causa se comprometeram em plotar os veículos com os cartazes da campanha até o dia 10 de dezembro. E, no horário previsto para acontecer a passeata, das 14h às 19h, mulheres a partir de 18 anos estarão isentas da taxa de passagem.
O 25 de novembro
Reconhecido pelas Nações Unidas, em 1999, como o Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra a Mulher, o 25 de novembro foi definido no I Encontro Feminista Latino-Americano e do Caribe, sediado na Colômbia em 1981. A data é uma homenagem póstuma às irmãs Mirabal (Pátria, Minerva e Maria Teresa), assassinadas pela ditadura de Leônidas Trujillo, na República Dominicana.
A partir de 1991, sob a coordenação do Centro de Liderança Global da Mulher, foi deflagrada a Campanha Mundial pelos Direitos Humanos das Mulheres, que instituiu os 16 Dias de Ativismo contra a Violência contra as Mulheres, a começar pelo 25 de novembro e com encerramento emblematicamente em 10 de dezembro; aniversário da Declaração Universal dos Direitos Humanos.
Os 16 dias ainda contemplam o Dia Mundial da Luta contra a AIDS (1º de dezembro) e o Dia do Massacre de Montreal – 6 de dezembro, instituído em memória das 14 estudantes de engenharia, assassinadas em sala de aula por um homem que deixou um bilhete com os dizeres: “as mulheres são responsáveis pelos fracassos dos homens; toda mulher que cruza o caminho de um homem bem-sucedido deve ser castigada; e as mulheres bem-sucedidas não aceitam ser protegidas por um homem”. O fato motivou o Governo do Canadá a proclamar a data como o Dia Nacional de Lembrança e Ação sobre a Violência contra as Mulheres.
De Salvador,
Camila Jasmin