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Encontro com Ciro representa nova ofensiva de Aécio

O encontro do governador de Minas Gerais, Aécio Neves, com o deputado Ciro Gomes (PSB-CE), nesta terça-feira (17), representa uma nova ofensiva de Aécio em busca da indicação do seu nome para representar o PSDB na campanha presidencial do próximo ano. Ciro, que tem o governador de São Paulo, José Serra, como inimigo e não apenas adversário político, será sondado para a vice na chapa tucana de Aécio.

A aproximação com Ciro é apresentada por Aécio como exemplo de sua capacidade de agregar novos apoios e aponta, ao mesmo tempo, para o ex-ministro como seu preferido para companheiro de chapa.

Além de ser duvidoso que os socialistas o apoiem integralmente, tendo em vista os laços desse partido com o PT e o presidente Lula, a mudança nas cogitações de aliança do PSDB poderia afastar o DEM, que é um partido maior e arrasta o voto anti-petista do interior do agronegócio e dos setores liberais das classes médias urbanas.

O DEM trabalha para indicar o vice na chapa do PSDB e só abrirá mão se os tucanos apresentarem a chapa puro sangue tendo Serra como titular e Aécio como vice. Excluída essa hipótese, o DEM acha que tem direito a fazer a indicação. Se lhe for vetado essa escolha, o partido poderá optar por candidatura própria, a fim de reforçar suas campanhas regionais e preparar uma liderança para chegar à presidência em 2014.

Prévias eleitorais

Aécio voltou a insistir na realização de eleições prévias no PSDB e esticou seu prazo para decidir a candidatura tucana até o final de janeiro. No final do mês passado, ele dera um ultimato ao partido ao afirmar que esperaria apenas até o dia 31 de dezembro e que, na falta de decisão, iria cuidar de sua candidatura ao Senado. O ultimato de Aécio foi interpretado como se ele já tivesse desistido da candidatura presidencial.

A insistência nas prévias cria um problema, pois ele sabe que o PSDB não atualizou o cadastro de filiados e seria praticamente impossível fazê-lo em apenas dois meses, incluindo os feriados do Natal e do Ano Novo. O governador sugere, ao bater nesta tecla, que se havia um acordo com Serra para tomarem uma decisão conjunta, esse acordo não existe mais.

Da sucursal de Brasília
Com agências