Oposição é derrotada na tentativa de politizar blecaute
A oposição está fazendo o que pode para politizar o episódio do blecaute que atingiu 18 estados brasileiros na semana passada. E, para tanto, querem levar ao Senado a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Roussef, para explicar as causas do ocorrido. Nesta terça-feira (17), após a derrota na reunião de ontem na Comissão de Infraestrutura, eles fizeram nova tentativa.
Publicado 17/11/2009 13:55
Percebendo que era maioria na reunião da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), o senador Flexa Ribeiro (PSDB-PA) apresentou requerimento oral convocando a ministra. Ao notar que tinha número suficiente de senadores oposicionistas para votar o requerimento do colega tucano, o líder do Democratas (DEM), José Agripino Maia (RN) pediu a Delcídio Amaral (PT-MS), que a matéria fosse colocada em votação de imediato.
Amaral derrubou a iniciativa, alegando que no dia anterior – segunda-feira (16) -, a Comissão de Infraestrutura aprovou requerimento para ouvir uma série de técnicos do setor e, só depois, os dois ministros. Como será uma audiência pública junto com a CAE, a matéria seria submetida a votação na comissão, o que foi feito após a chegada dos senadores da base aliada na reunião, prejudicando o requerimento do senador tucano.
Flexa Ribeiro argumentou que, na Comissão de Infraestrutura, serão realizados grandes seminários com os técnicos. O parlamentar acrescentou que sua proposta tinha como objetivo ouvir exclusivamente os ministros Edison Lobão e Dilma Rousseff sobre as questões técnicas do blecaute e os prejuízos causados. Amaral qualificou de comício o requerimento.
O requerimento aprovado na Comissão de Infraestrutura, de autoria do senador Fernando Collor (PTB-AL), convidando, ao invés de convocando, a ministra-chefe da Casa Civil e o ministro das Minas e Energia, desarmou a oposição. Os líderes oposicionistas preparavam-se para apresentar diversos requerimentos de convocação da ministra, que é pré-candidata à sucessão presidencial pelo PT, em comissões temáticas das duas Casas legislativas.
Na modalidade de convite, a ministra tem prazo de 30 dias para escolher a data em que irá à comissão. Além disso, o convite não obriga o seu comparecimento. O líder do governo, Romero Jucá (PTB-RR), também, garantiu que o debate será iniciado com os técnicos do setor e só depois irão os ministros.
Da sucursal de Brasília