União Europeia escolherá hoje seu presidente
A cúpula extraordinária de líderes da União Europeia (UE) realizada nesta quinta-feira (19) deverá dar nomes aos dois cargos de alto nível criados pelo Tratado de Lisboa, anunciou Fredrik Reinfeldt, presidente temporário do bloco regional.
Publicado 19/11/2009 14:33
Os 27 Estados membros da União Europeia procurarão chegar a um acordo, depois de duas rodadas de conversações, sobre as personalidades que ocuparão as novas responsabilidades de presidente e ministro do Exterior, cargos habilitados com o objetivo de reforçar o peso da Europa no mundo e a rapidez de suas decisões.
Segundo declarações de Reinfeldt, deverá se levar em consideração o equilíbrio geográfico e ideológico, de modo que reflita os interesses de países grandes e pequenos.
Apesar do consenso de que a presidência seria para um membro da família conservadora, majoritária no Conselho e no Parlamento europeus, as propostas apontam na direção de três democrata-cristãos: o premiê belga Herman Van Rompuy, o premiê holandês Jan-Peter Balkenende e o premiê luxemburguês Jean-Claude Juncker.
Várias líderes europeias exerceram pressão nas últimas semanas, com o propósito de algum desses postos acabar sendo exercido por uma mulher. Se essa variante foi escolhida, as ex-presidentes Vaira Vike-Freiberga e Mary Robinson, da Letônia e da Irlanda, respectivamente, aparecem como as favoritas.
Para o cargo de Ministro de Relações Exteriores o proposto poderá ser o ex-premiê italiano Massimo D'Alema, e ante a falta de opções, se comenta na candidatura do chanceler espanhol, Miguel Ángel Moratinos.
A tradição estabelece que os líderes europeus nunca votam e as decisões mais significativas são tomadas em consenso. Entretanto, o presidente temporário da UE, Fredrik Reinfeldt, anunciou que, caso não se chegue a um acordo, a decisão pode ser tomada por "maioria qualificada", como estabelece o Tratado de Lisboa.
Essa modalidade de votação obedecerá ao princípio de maioria dos Estados e da população e requer um mínimo de 55% dos membros e 65% dos habitantes da União Europeia.
Fonte: Prensa Latina