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União Europeia escolherá hoje seu presidente

A cúpula extraordinária de líderes da União Europeia (UE) realizada nesta quinta-feira (19) deverá dar nomes aos dois cargos de alto nível criados pelo Tratado de Lisboa, anunciou Fredrik Reinfeldt, presidente temporário do bloco regional.

Os 27 Estados membros da União Europeia procurarão chegar a um acordo, depois de duas rodadas de conversações, sobre as personalidades que ocuparão as novas responsabilidades de presidente e ministro do Exterior, cargos habilitados com o objetivo de reforçar o peso da Europa no mundo e a rapidez de suas decisões.

Segundo declarações de Reinfeldt, deverá se levar em consideração o equilíbrio geográfico e ideológico, de modo que reflita os interesses de países grandes e pequenos.

Apesar do consenso de que a presidência seria para um membro da família conservadora, majoritária no Conselho e no Parlamento europeus, as propostas apontam na direção de três democrata-cristãos: o premiê belga Herman Van Rompuy, o premiê holandês Jan-Peter Balkenende e o premiê luxemburguês Jean-Claude Juncker.

Várias líderes europeias exerceram pressão nas últimas semanas, com o propósito de algum desses postos acabar sendo exercido por uma mulher. Se essa variante foi escolhida, as ex-presidentes Vaira Vike-Freiberga e Mary Robinson, da Letônia e da Irlanda, respectivamente, aparecem como as favoritas.

Para o cargo de Ministro de Relações Exteriores o proposto poderá ser o ex-premiê italiano Massimo D'Alema, e ante a falta de opções, se comenta na candidatura do chanceler espanhol, Miguel Ángel Moratinos.

A tradição estabelece que os líderes europeus nunca votam e as decisões mais significativas são tomadas em consenso. Entretanto, o presidente temporário da UE, Fredrik Reinfeldt, anunciou que, caso não se chegue a um acordo, a decisão pode ser tomada por "maioria qualificada", como estabelece o Tratado de Lisboa.

Essa modalidade de votação obedecerá ao princípio de maioria dos Estados e da população e requer um mínimo de 55% dos membros e 65% dos habitantes da União Europeia.

Fonte: Prensa Latina