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Condutores encerram o ano com seminário sobre organização

Os condutores classistas fecharam o ano realizando um Seminário para as suas principais lideranças, nos dias 26 e 27/11, na sede do sindicato dos Rodoviários, no Carandiru, Zona Norte da capital. Estiveram presentes trabalhadores de 12 garagens do sistema de transporte da cidade. Participam sindicalistas da Himalaia 1 e 2, Via Sul (ex-Bristol), Metropolitana (antiga Paratodos), Tupi, Novo Horizonte e VIPs Jabaquara, Guarapiranga, Itaim, AE Carvalho, Imperador e Expandir.

Seminário Condutores SP - nov2009 - Luis Pentalte

O encontro serviu para a abordagem de temas relevantes para a emancipação dos trabalhadores. A presidente estadual do PCdoB no Estado de São Paulo, Nádia Campeão, falou sobre a conjuntura política e a organização partidária. Marcelo Cardia, da Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), abordou as questões sindicais. Os dois fazem parte do comitê central do partido. Prestigiaram o evento representantes do sindicato dos Motoboys de Guarulhos e de Osasco.

Situação política atual

Hoje a política é marcada pela expectativa do futuro. “Não vale o que está acontecendo agora, só como o povo votará em 2010”, afirma Nádia. Esta forte interrogação sobre o futuro ainda não atingiu a população, apenas os mais politizados que estão sempre atentos nos rumos do país.

Segundo pesquisa da Confederação Nacional do Transporte, que representa os empresários, 52% dos eleitores ainda não sabem ou não querem dizer em quem votarão para a presidência da República. Metade da população ainda não tem candidato. Cerca de 18% dos entrevistados declararam espontaneamente que votariam em Lula. Apenas 25% já possuem candidatos. O resultado aponta cenário favorável ao governo federal.

Maré Boa

A aprovação do governo Lula aparece nos 2/3 do eleitorado que avaliam as suas ações como ótimas e boas. O povo tende a aprovar a continuidade, votando no candidato ou candidata do governo. As pesquisas assustam a oposição porque mostram a subida da ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, que vem subindo sem palanque. Enquanto Serra que aparece com 31% da intenção de votos despenca. Dilma tem 21% do eleitorado brasileiro de seu lado. “Imaginem quando Lula pedir abertamente voto pra ela”, ressalta.

A dirigente alerta, no entanto, que não dá para se acomodar diante da boa maré porque os inimigos são poderosos. Por outro lado, o povo está entendendo o que foi feito no país nos últimos sete anos. De acordo com Nádia, o povo está disposto a ouvir nossas propostas. “Mais uma vez a burguesia vai tentar barrar esse projeto”. Em 2002, tentaram o impeachment, por meio de uma enxurrada de denúncias. Depois, tentaram mais uma vez em 2004 pela disputa eleitoral. A idéia da burguesia era “matar o governo Lula no ninho”.

Comparação inevitável

Como não conseguiram, em 2010, será inevitável fazermos a comparação entre os governos Lula e Fernando Henrique. “Eles vão tentar esconder o FHC, mas nós vamos puxar”, adiantou. Na verdade, vamos comparar os avanços em tão pouco tempo com os atrasos acumulados há décadas devido à irresponsabilidade de governos antipopulares e conservadores.

O governo Lula tem a marca popular e a sabedoria de pensar e elaborar as políticas públicas a partir das necessidades da grande maioria. Até há pouco tempo, os governos decidiam tudo sob o olhar da classe dominante. É muito valioso o que começamos com o primeiro mandato do governo Lula, por isso, não podemos nos dar ao luxo de perder. De acordo com a dirigente, cada vitória daqui pra frente é um passo para as mudanças necessárias para a construção de um Brasil mais democrático e justo socialmente.

Significado para a América Latina

Para o mundo, especialmente para a América Latina, a continuidade do governo representa o fortalecimento da classe operária. “Nossos vizinhos também são muito explorados, a exemplo dos índios no Equador”. As mudanças dos últimos sete anos foram reais e o povo já percebeu isso. Não adiantou a crítica permanente da mídia contra todas as realizações do governo Lula.

O aquecimento da economia protegeu o Brasil da crise. Em 2010, teremos um crescimento médio de 5 a 6% do PIB. “Se não fosse a crise, este ano chegaríamos a 7% de crescimento”. São ações como as tomadas nos últimos dias pelo governo, determinando a redução do IPI para materiais de construção até julho do ano que vem, é que geram empregos e valorizam o trabalho. Depois de 14 anos, voltamos a ter mais gente querendo comprar carro do que a capacidade das indústrias de produzir, referiu-se a dirigente sobre a extensão da redução do imposto para os carros flex (álcool/gasolina) para 2010. “Isso puxa a cadeia produtiva e facilita as negociações trabalhistas”, ressaltou Nádia.

Brasil mais independente, soberano e democrático

Nas últimas décadas, fazíamos tudo o que os EUA queriam. “Quem não se lembra da turma do FMI dando ordens em nossa economia?” Muita coisa mudou, mas nem tudo está resolvido. Numa próxima gestão democrática, cobraremos o enfrentamento ao setor financeiro, formado por banqueiros, donos dos monopólios e dos meios de comunicação. Continuaremos também combatendo a influência norte-americana. Não é por acaso que o presidente Lula foi tão criticado publicamente por ter recebido o presidente do Irã para conversar sobre tecnologia nuclear. Quem atirou pedras compactuam com a idéia de que somente os EUA podem dominar o assunto.

União das Centrais Sindicais

O país está mais democrático e a luta do povo mais fortalecida. O papel das Centrais Sindicais cresce no cenário político. “Quando a economia vai bem, eleva-se o poder de negociação dos trabalhadores”, explica. A valorização do trabalho gera melhores salários e mais direitos. Este quadro fortalece o poder dos Sindicatos.

O presidente Lula, como sindicalista nato, soube valorizar as Centrais que hoje ineditamente atuam em muitos momentos unidas em torno de plataformas comuns. Esta unidade tem resultado em muitas conquistas. A luta pela redução da jornada de trabalho, sem redução de salário aparece fortalecida. Essa bandeira histórica, vem sendo pautada a séculos. A jornada já foi de 16 horas. Depois, com muita luta, abaixou para 14; depois 12 horas, chegando a 8 diárias. “Houve tempo que os trabalhadores dormiam ao lado das máquinas com mulher e filhos, em regime de escravidão”. A redução da jornada será uma vitória histórica. Mas só se dará sob as condições de um governo mais democrático.

Como a batalha é dura, não podemos dispensar aliados. “Só a esquerda não vai conseguir vencer a força dos banqueiros, dos latifundiários e da ‘grande’ mídia”. O que está em jogo são dois projetos antagônicos sobre soberania nacional e bem social. Com o PMDB dobramos o tempo de TV para podermos divulgar as realizações dos últimos sete anos.

O PCdoB que tem o hábito de sempre formar alianças amplas para garantir as vitórias. Mais uma vez, luta pela formação de uma frente ampla, popular e democrática, com núcleo dirigido por partidos de esquerda, como o PSB, PCdoB, PT, PDT. Depois da vitória em 2010, vamos reivindicar por mais mudanças. Os próximos passos vão em direção ao “paredão da resistência” composto pelo setor financeiro – bancos e grandes monopólios. “Enfrentaremos uma pedreira”. Por esta razão precisamos ter um PCdoB forte, com vários parlamentares e muita representatividade social e popular.

Questões de Partido

Muitos pensam que um partido político serve só para fornecer a legenda nos períodos eleitorais. Outros dedicam a vida pelo fortalecimento do partido. Muitos, há pouco tempo na história, deram a vida pela causa defendida pelo partido. “Por isso, tanta gente não entendeu as razões que levaram, por exemplo, o Edivaldo a se filiar ao PCdoB”. Na condição de dirigente consciente e formado, Edivaldo é capaz de enxergar a necessidade de ampliar sua atuação sindical por meio de políticas mais amplas. Sabe também que só os partidos mais fortes e eficientes estão presentes nas organizações popular e sindical, como o PCdoB.

O partido para os comunistas serve para organizar a luta dos trabalhadores e do povo em geral para a disputa do poder e da hegemonia política. Nádia lembrou que os primeiros partidos surgiram na Europa e nos EUA, no século 19. “Em sua trajetória de luta, os trabalhadores amadureceram a idéia de um partido próprio de sua classe que defendesse uma proposta revolucionária”. Nós lutamos por transformações profundas, referindo-se ao fim da sociedade de classes, dividida entre exploradores e explorados.

Um PCdoB transatlântico

Nas lutas de 1948, surgiram os estudiosos Karl Marx e Engels. Eles descobriram como o capitalismo se desenvolve: através da exploração da força de trabalho da classe trabalhadora. Em pesquisa realizada em 2001, Marx foi considerado o personagem mais importante da história da Humanidade. Seu maior feito: apontar ao mundo que é possível existir uma sociedade mais avançada em sua organização. Em 1850, surge o Partido Comunista que nasce com o propósito de fazer as transformações profundas. Na Rússia, em 1917, acontece a primeira revolução com caráter socialista. Essa primeira experiência durou até a queda do muro de Berlim, no início dos anos 90.

O partido pode ser comparado a uma embarcação. Para as longas travessias, precisamos de um transatlântico. “Para transformar a sociedade necessitamos de um grande e sólido navio”. E para ser uma “fortaleza” o partido precisa ter teoria, ideologia e política. Além de unidade nas lutas e muita organização. “Partidos com grupos não avançam”, afirma. “Há muita perda de tempo e energia com as divergências internas”.

12º Congresso, sinal de força

Com satisfação, Nádia Campeão falou sobre as contribuições que o partido recebeu para realizar seu 12º Congresso, em novembro, na cidade de São Paulo. “Pagamos o Anhembi e realizamos um grande evento que contou com a presença do presidente da República, sete ministros, delegações de 50 países diferentes, 200 convidados e mais de mil delegados”.

Nas intervenções, surgiram questionamentos sobre o caráter do governo americano; a falta de compreensão sobre o centralismo democrático; a existência do centro único de direção no PCdoB; e o desserviço prestado pelos partidos esquerdistas ao confundirem a cabeça do povo. Gregório Poço, que está à frente das lutas há muito tempo e já presidiu o sindicato, fez breve recordação de sua trajetória. “Eu só não entendia porque vários médicos e engenheiros largavam tudo para se dedicar à construção e fortalecimento do partido”. “Tenho certeza que se eles tivessem se dedicado à profissão estariam muito bem”. Por outro lado, muitos trabalhadores, que são explorados todos os dias, resistem em participar da política.

Conjuntura Sindical

A exposição de Marcelo Cardia, da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), avaliou como positiva a 6ª Marcha da Classe Trabalhadora, realizada no dia 11/11, em Brasília. “Foi a maior e mais importante de todas, embora a mídia não tenha feito a cobertura devida”.

Nos últimos dias, graças à unidade das seis principais Centrais Sindicais do país, grandes vitórias foram conseguidas, como: o reajuste do salário mínimo, com a variação do PIB e reposição da inflação dos últimos dois anos; adiantamento do pagamento para o mês de janeiro; reajuste dos aposentados acima do salário mínimo; e conquistas da redução da jornada para 40 horas semanal.

Cardia falou sobre a criação das Centrais logo após o fim do regime militar e começo da redemocratização do país. A CUT foi criada em 1983. No mesmo período surgiu a CGT. A Força Sindical apareceu em 1991, no governo Collor, junto com o projeto neoliberal. “Por muito tempo, os sindicalistas da Força acreditaram que a flexibilização dos direitos trabalhistas garantiria mais empregos”. Agora sabem que só a proteção dos direitos dos trabalhadores e o aquecimento da economia podem gerar empregos.

Criação da CTB

A CTB criada a partir da congregação da Corrente Sindical Classistas (CSC), dos sindicatos rurais (Contag), marítimos e federações das indústrias e comércio do Sul, defende a unicidade na base. Isto é, a formação de apenas um sindicato por ramo de trabalho. Seus membros trabalham pela unificação das Centrais Sindicais quando o assunto é a defesa de assuntos gerais, como o fim do fator previdenciário. Sobre as lutas em andamento, Cardia adiantou que o setor financeiro está pressionando o governo a reduzir de R$ 510,00 para R$ 507,00 o valor do salário mínimo a ser pago em janeiro próximo. “O setor financeiro luta por R$ 1,00 se for preciso”.

Hoje, a maior proposta da CTB é realizar uma nova Conclat – Conferência Nacional da Classe Trabalhadora. Precisamos discutir já o projeto de desenvolvimento para o país com as centrais. “A CTB, criada há dois anos, tem como meta a reunificação do movimento sindical brasileiro numa única central”. Esse é o objetivo estratégico para o futuro”. Em 2010, vamos propor um novo ato unificado no dia 1º de Maio, com a Nova Central e UGT. “Nos locais onde não conseguirmos a unificação dos atos, no dia dos trabalhadores, proporemos então uma Marcha Unificada, um dia antes.

Intervenções

O secretário geral do sindicato dos Condutores, Edivaldo Santiago, ressaltou que para sermos bons dirigentes sindicais precisamos nos preparar e ter muita paciência para ouvir. “Não é sempre que temos acesso a essa riqueza de informações.” ‘Precisamos também aprender a ser minoria” Conviver com a maioria harmonicamente e com respeito é uma arte. No momento em que convivemos com a integração das idéias de várias forças políticas: CUT pela Base, Articulação, Convergência, Trabalho e Corrente Sindical Classista, fomos vitoriosos. A volta dos Condutores Classistas ao sindicato, em 2008, fez crescer as lutas em defesa da categoria.

A CTB organiza-se a partir de uma representatividade real. No ranking das centrais, ocupa o terceiro lugar em número de sindicatos filiados. Na soma de trabalhadores, salta para o segundo lugar. Os sindicatos filiados à CTB tem mais trabalhadores sindicalizados nas bases.
“Esta é a representação real que nos interessa”.

Entre as propostas surgiu a formação de um Fórum de Debate permanente entre os trabalhadores do transporte sobre pneu. “Precisamos conversar sobre as propostas comuns”, defendeu Gregório Poço. Vamos travar o país pela regulamentação da profissão de motorista.

Questões internas

O presidente municipal do PCdoB, Wander Geraldo, prestigiou o Seminário em 27/11, com a sua participação. “Os trabalhadores tem que se apropriar da política para dirigirem o país”, defendeu. Os Condutores Classistas ocupam quatro vagas na direção do partido na cidade. São eles: Zé Carlos Negrão, Edivaldo Santiago, Gregório Poço e Alice Cardoso.

Tanto o partido, como o sindicato são importantes instrumentos na organização dos trabalhadores. Ambos servem para darmos rumo aos desafios apontados no 12º Congresso do PCdoB. Um deles é fazer o Brasil caminhar para o Socialismo, por meio do desenvolvimento social e econômico. Os partidos mais fortes estão enraizados nas lutas do povo. “Nossa cidade é o maior centro das contradições do capitalismo”, referindo-se à avenida Paulista. “Em frente ao prédio da Fiesp dormem um monte de gente que não tem as mínimas condições de viver com dignidade”, exemplifica. A missão dos militantes da causa pelo Socialismo é denunciar o abismo social entre pobres e ricos.

Wander parabenizou os Condutores Classistas pela organização. “Os Condutores e a Capela do Socorro foram os dois comitês do partido que mais reuniram filiados nas bases no processo de conferência”. São dois exemplos de que podemos aumentar as bases e fazer o partido crescer para enfrentar os desafios do ano que vem.

A história de luta de Neleu Alves

Neleu Alves que acompanha o comitê dos Condutores tem uma longa e antiga ligação com a categoria. Em 1981, quando se organizava no comitê distrital do partido no bairro do Belém, foi incumbido de acompanhar a atuação política dos comunistas que trabalhavam na área da manutenção das garagens de ônibus da CMTC da redondeza. Ele vivenciou a chegada do primeiro comunista na direção da entidade: Miguel de Carvalho. “Com a privatização da CMTC, onde tínhamos forte presença, tivemos que avançar para o tráfego e para empresas particulares”, contou.

O dirigente, contrário às ofensas, denúncias infundadas e agressões de qualquer ordem, explica que a diretriz é buscar a unidade na ação. “Só um sindicato forte é respeitado pelos trabalhadores”. Queremos voltar a ser referência para as demais categorias do Brasil. Uma greve da nossa categoria pára a cidade. Por isso, temos grande responsabilidade. Buscamos a atuação coletiva; as divisões não são saudáveis para as lutas.


A nova etapa na trajetória de Edivaldo Santiago

A trajetória de Edivaldo na categoria pode ser dividida em etapas. “Estou vivendo uma nova etapa”, confessa. Há muito tempo ele vinha pensando em se filiar a um partido político. Sentia falta das discussões políticas mais gerais. Este ano, decidiu-se pelo PCdoB, partido que conhece há mais de 30 anos. “O que me atraiu foi a política ampla e a forte militância”. “Organizados num partido político nossa atuação vai além da atuação sindical. Isso nos torna uma referência na categoria”, explicou com sabedoria.

Minha escolha pelo PCdoB deveu-se também à sua perspectiva Socialista. Uma bandeira abandonada pelos outros partidos do campo popular. “Os comunistas sempre lutaram por um mundo melhor para a maioria das pessoas. Não são individualistas. “Senti a forte necessidade de voltar a discutir os rumos da política nacional com a categoria”. Nos anos 90, iniciamos o movimento Fora Collor aqui em São Paulo. “Estava sentindo falta disso”.

Edivaldo lembrou que o PCdoB é o único partido que esteve com o presidente Lula em todas as disputas eleitorais que participou. Em 1989, João Amazonas, presidente de honra do partido (in memorian) esteve à frente da construção da frente ampla, nacional e democrática, do campo popular. “Nosso objetivo é formar um exército para travar a batalha no campo das idéias”.

“Nossa vitória depende da unidade de todas as forças políticas que atuam em nossa entidade”, defendeu. Vamos buscar unidade na luta em defesa do emprego dos cobradores, ameaçado pela privatização do sistema de bilhetagem no Estado. Recentemente, o governador Serra, apesar dos protestos dos trabalhadores do Metrô, CPTM, EMTU e da SPTrans, transferiu a administração da arrecadação do sistema para uma empresa privada. Agora, o gerenciamento deste setor estratégico está sob o comando da iniciativa privada que visa os lucros em primeiro lugar.

Processo de estruturação

No final do encontro, depois de muita discussão política, deliberou-se sobre as questões ligadas à estruturação do time. Definiu-se os nomes da direção que são: Edivaldo Santiago, Zé Carlos Negrão, Gregório Poço, Edileusa, Sandrinho, Moleque, Perninha, Mamédio, Ferreira, Boca e Serjão. Periodicamente, circulará um jornal para divulgar as idéias. Discutiu-se ainda sobre a padronização da identidade visual; realização de cursos e palestras; aluguel de uma sede para reuniões com secretária; criação de um fundo, por meio de contribuições dos trabalhadores, para custear as lutas cotidianas.

No final de janeiro, os Condutores Classistas vão realizar uma grande plenária na qual discutirão a política mais geral e a estratégia interna para dar conta das lutas específicas, como a Campanha Salarial de 2010.

Muitos cipeiros eleitos

Avaliou-se que o resultado positivo obtido pelos Condutores Classistas nas garagens onde foram lançados candidatos à CIPA é uma demonstração de que os trabalhadores estão aprovando as nossas propostas. A vitória dos Condutores Classistas reforça o time que vai combater as arbitrariedades do setor patronal.

A luta das condutoras

A dirigente da Secretaria da Mulher do sindicato, Edileusa, já prepara a luta das mulheres contra a extinção dos cobradores do sistema de ônibus. “Cerca de 99% das mulheres da categoria são cobradoras”. Muitas militantes querem vestir a camisa do partido e vir trabalhar com a gente. “Elas confiam nesta diretoria”, concluiu.

De São Paulo,
Alice Cardoso