Famílias de Ângelo Arroyo e Amazonas se encontram no PCdoB

No encontro estavam presentes: o vereador Jamil Murad (PCdoB), Lola (companheira de Arroyo), seus filhos Lenine e Camila, Ediria (companheira de Amazonas) juntamente com Helena e João Amazonas Filho.

Trajetória comum
Ângelo Arroyo e João Amazonas eram metalúrgicos e militavam nas células comunistas nas empresas que trabalhavam. Ambos foram dirigentes do partido na época da ditadura militar e construíram o destacamento da Guerrilha do Araguaia. Após furar o cerco das forças repressoras, Arroyo entregou aos dirigentes do PCdoB um relatório sobre a resistência armada no sul do Pará.

Chacina da Lapa
 Em 1976 o Brasil entrava numa fase a que podemos chamar de declínio da ditadura, de derrota política e moral da própria ditadura, imposta pela resistência. Isso levou a que o regime, sobretudo a partir do governo Geisel, buscasse uma saída para a situação. Seria necessário exterminar o que existisse de força política de esquerda e mais consequente.

No dia 16 de dezembro, quando acontecia uma reunião de dirigentes do Partido Comunista do Brasil na Lapa, as forças armadas, de posse da informação de que João Amazonas estaria nessa reunião, seguiram em busca dele. O exército chegou atirando sem dar chances às pessoas que ainda estavam dentro da casa, assassinando Ângelo Arroyo, Pedro Pomar e João Batista Drummond. Sabe –se que o endereço dos comunistas foi revelado por agentes infiltrados.

Para o vereador Jamil Murad, esse encontro é imprescindível para que a história de luta do povo brasileiro e do partido continue viva. “Nossa luta de todos os dias é em nome desses companheiros que morreram pelo nosso povo, defendendo o Brasil. Hoje aqueles que estimularam a opressão estão todos perdidos, não têm propostas e nem programa para o nosso país” disse o vereador.