Terceirizados da Fiocruz protestam por salários atrasados
Cerca de 800 funcionários terceirizados que prestam serviços para a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), em Manguinhos, na Zona Norte, fizeram uma manifestação no dia 2 reivindicando o pagamento em dia de salários, férias, décimo-terceiro e outros benefícios.
Publicado 02/12/2009 18:23 | Editado 04/03/2020 17:04
No protesto, policiais militares do Batalhão de Choque entraram em confronto com os trabalhadores, que são contratados para manutenção e limpeza da instituição. Houve tumulto na entrada da Escola Nacional de Saúde Pública da Fiocruz. Os policiais lançaram bombas de efeito moral e gás de pimenta. Alguns PMs atiraram para o alto.
O protesto começou por volta das 9h, quando foram fechadas duas pistas da Rua Leopoldo Bulhões, em Manguinhos. Um funcionário foi detido e levado para a delegacia de Bonsucesso. Revoltados, os manifestantes foram para dentro da Fiocruz, onde iniciaram outro protesto, desta vez contra a prisão de um funcionário.
A confusão só terminou no fim da manhã com a interferência do vice-presidente da Fiocruz, Pedro Barbosa. Ele reconheceu a existência de passivos trabalhistas e prometeu negociar com a empresa terceirizada que, segundo informou, já foi afastada da instituição e os funcionários absorvidos por outra companhia.
“De fato houve um problema com a empresa tercerizada responsável pela manutenção e limpeza do campus da Fiocruz em Manguinhos, que começou a descontinuar o pagamento aos funcionários em agosto, mas que já foi resolvido. Nós entramos com um processo mediado pela Justiça do Trabalho. Porém, infelizmente, essa empresa deixou um passivo com os trabalhadores, que esperamos resolver o mais rápido possível”, explicou Barbosa.