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Sindicato teme demissões na Casas Bahia e Pão de Açúcar

A fusão entre a Casas Bahia e o Grupo Pão de Açúcar é vista com preocupação pelo Sindicato dos Comerciários de São Paulo (SECSP). O sindicato teme que a união dos dois gigantes varejistas, como toda centralização de capital, gere demissões em larga escala.

O Sindicato dos Comerciários de São Paulo é o carro-chefe da UGT (União Geral dos Trabalhadores), sendo ambas as entidades presididas por Ricardo Patah. A entidade solicitou uma reunião com a direção do Pão de Açúcar para exigir a manutenção dos empregos e a equalização dos benefícios entre os funcionários dos dois grupos.

Patah disseque não é contrário à fusão. Ele espera, entretanto, que a análise do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) sobre o negócio não leve apenas em consideração a concentração no varejo, mas também a manutenção dos empregos.

“Vamos convidar o Ministério do Trabalho para acompanhar o processo, além de solicitar a participação dos trabalhadores nas discussões, pela garantia dos empregos”, afirma.

Após a operação, o Pão de Açúcar tornou-se o maior empregador privado do país, com 137 mil funcionários, e um faturamento bruto de R$ 40 bilhões anuais.

O setor varejista brasileiro vem se oligopolizando fortemente. O cenário anterior, dominado por um grande número de pequenos e médios patrões, cede lugar a outro onde imperam imensas redes, nacionais e até internacionais como a francesa Carrefour (que comprou as redes regionais Planaltão, Roncetti, Mineirão, Rainha, Dallas, Continente e Atacadão) ou a americana Walmart (que engoliu a Rede Bompreço). Cada vez que o capital se concentra e centraliza, o primeiro resultado costuma ser a demissão de trabalhadores.

Da redação, com agências