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Antiterroristas cubanos terão nova sentença nesta terça-feira

Fernando González e Ramón Labañino, dois dos cinco antiterroristas cubanos presos injustamente nos Estados Unidos há 11 anos, receberão nesta terça-feira (08) novas sentenças, graças a um amplo movimento de solidariedade à sua causa. A sessão acontecerá na Corte Federal de Miami. Atualmente, Fernando está condenado a 19 anos de prisão, enquanto que, sobre Ramón, pesa uma pena de prisão perpétua, mais 18 anos.

Em 2008, o Tribunal de Apelações de Atlanta determinou que as sanções impostas aos cubanos eram indevidas, muito severas, e, em consequência, as invalidou. Na verdade, a corte avaliou que o julgamento dos cinco cubanos deveria ser anulado e realizado novamente em outro lugar, que não Miami, onde o fato de a maioria da população ter forte sentimento anticubano teria influído na decisão da justiça, contra os antiterroristas. O governo dos Estados Unidos, contudo, revogou a determinação, concordando apenas em re-sentenciar três dos cinco antirretoristas.

A audiência para reduzir a pena de Antônio Guerrero – outro dos cinco cubanos, antes condenado a prisão perpétua mais dez anos – foi realizada no dia 13 de outubro, fixando sua sentença em 21 anos e 10 meses de prisão. Para o presidente do Parlamento Cubano, Ricardo Alarcón, a solidariedade internacional influiu bastante na diminuição da pena. Na reavaliação da pena de Guerrero, o próprio Ministério Público argumentou que havia uma campanha para desacreditar a Justiça norte-americana, por conta do caso dos cinco cubanos.

Fernando Gonzáles monitorava, nos Estados Unidos, o grupo de Orlando Bosch, um terrorista de origem cubana, que terai sido o responsável intelectual, ao lado de Posada Carriles, pela explosão, em pleno vôo, de um avião civil da ilha, em 1976. Os 73 ocupantes morreram.

Alarcón recordou que, "tanto Bosch quanto Posada Carriles estão em liberdade pelas ruas dos Estados Unidos, enquanto os cinco cubanos – que tentavam evitar mais mortes e ações contra cuba – têm sofrido numerosas arbitrariedade em prisões de segurança máxima".

"A re-sentença pode aliviar a situação dos presos, ainda que o justo seria que todos fossem libertados, pois não cometeram crime algun, só advertiram Cuba sobre o perigo terrorista", asseverou.

Os cubanos são acusados pelo governo dos Estados Unidos de conspirar para praticar crime contra aquele país. Os norte-americanos, contudo, nunca apresentaram provas de que os antiterroristas buscassem dados secretos da segurança nacional norte-americana ou qualquer coisa parecida.

Com Prensa Latina

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