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Câmara aprova terceiro pedido de impeachment contra Arruda

 A Procuradoria da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) aprovou, na manhã desta terça-feira (8), o terceiro pedido de impeachment contra o governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (DEM). A ação aceita foi a protocolada ontem pela presidente da Ordem dos Advogados do Brasil do DF (OAB-DF), Estefânia Viveiros.

A OAB-DF decidiu entrar com o pedido de impeachment na última quinta-feira (3). No dia seguinte, a assessoria jurídica da entidade estudou qual a melhor forma de apresentar o documento, já que a Câmara tinha negado as ações feitas por pessoas jurídicas e que colocavam Arruda e Paulo Octávio como réus por crime de responsabilidade.

Além do pedido da OAB, a Procuradoria da Câmara também aceitou os requerimentos protocolados pelo presidente do PT do DF, Chico Vigilante, e pelo advogado Evilázio Santos. A partir de agora, uma comissão especial, que ainda será formada, vai analisar os documentos. Depois, eles são encaminhados à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Legislativo local.

O pedido de impeachment foi motivado pela Operação Caixa de Pandora, realizada em 27 de novembro pela Polícia Federal em Brasília. Além de cumprir mandados de busca e apreensão nos gabinetes e casas de deputados distritais e secretários do GDF, os agentes também vasculharam a Residência Oficial de Águas Claras, onde o governador faz reuniões com assessores e políticos. A investigação revelou o chamado mensalão do Arruda, um esquema de propinas envolvendo a base aliada na Câmara e secretários de Estado.

Ocupação sem sentido

Os estudantes e militantes do PSOL que ocupam a Câmara Legislativa do Distrito Federal desde quarta-feira (2) decidiram desocupar pacificamente o prédio na tarde desta terça-feira. Durante esta madrugada, eles haviam desocupado o plenário da Casa, mas continuaram nas depenências do prédio.

O grupo resolveu deixar o local depois que a Polícia Militar do Distrito Federal deu o prazo de uma hora para a total desocupação. Agora eles aguardam a entrada dos policiais no auditório para que haja a retirada completa. Cerca de 300 policiais estão de prontidão dentro e fora do prédio para atuar caso necessário.

De acordo com um dos integrantes do movimento, o estudante de Letras Diogo Ramalho, o grupo sairá em dois ônibus fornecidos pela Central Unica dos Trabalhares (CUT). "Já é fato que vamos sair e seguiremos para a UnB (Universidade de Brasília). A polícia vai nos retirar e não iremos resistir. A polícia vai tirar quem está pedindo o fim da corrupção e não quem está fazendo corrupção", informou, se referindo à retirada dos estudantes e não do governador.

A ocupação estava impedindo os trabalhos da Câmara Distrital, inclusive as sessões que irão julgar os pedidos de impeachment contra o governador.

Com agências