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Senadores adiam decisão sobre adesão da Venezuela ao Mercosul 

Um acordo entre os líderes do governo e oposição adiou desta quarta (9) para a próxima terça (15) a votação no Senado do projeto de adesão da Venezuela ao Mercosul. Por falta de quorum, eles decidiram discutir apenas o mérito da matéria. Senadores se revezaram na tribuna em discursos a favor e contra o ingresso do país vizinho no bloco. 

José Agripino (RN), O líder do DEM,  e o senador Alvaro Dias (PSDB-PR) chamaram de ditador o presidente da Venezuela, Hugo Chaves. Eles disseram que o país precisa cumprir a cláusula democrática para ingressar no Mercosul.

Para Wellington Salgado (PMDB-MG) os senadores da oposição fizeram um discurso incoerente. Segundo ele, na crise em Honduras criticaram intensamente a interferência do Brasil em questões internas daquele país, mas agora se sentem no dever de dar palpites nos problemas da Venezuela.

Gerson Camata (PMDB-ES) afirmou que o que deve prevalecer são os interesses econômicos. Disse que os senadores da oposição estavam se posicionando como a imprensa brasileira desejava, ou seja, contra Hugo Chaves.   

"Tratar Hugo Chavez como caudilho e ditador é uma imprecisão, porque ele foi eleito duas vezes com reconhecimento da oposição e da Organização dos Estados Americanos (OEA). Você pode não gostar, mas vai ser assim sempre. Sempre haverá o contencioso. Ou o Mercosul vai virar um convento? Nós vamos ter que aprender a conviver com o contraditório. O Brasil não pode temer Hugo Chavez", afirmou João Pedro (PT-AM)

Da Sucursal de Brasília