Piauí terá representante na Conferência do Clima

O Estado do Piauí estará sendo representando na Conferência Mundial do Clima que acontece em Copenhague na Dinamarca, pelo Secretário Estadual do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Dalton Macambira que viaja nesta sexta-feira, dia 12. Vários reuniões e fóruns foram realizados com a participação de entidades e órgãos públicos para discutir as propostas do Piauí que serão apresentadas na conferência, também chamada de COP15.

Dalton Macambira - Cidadeverde.com
Segundo Dalton Macambira, serão apresentados os projetos de combate à desertificação de Gilbués; a Contenção das Dunas da Lagoa do Portinho; o Controle dos Poços Jorrantes de Cristino Castro, além de propostas como: o Bolsa Verde, onde serão pagos R$ 120,00 para os agricultores que evitarem o desmatamento; o Programa Estadual de Contratações Públicas Sustentáveis, onde a madeira comprada pelo poder público deverá ser de origem conhecida; a Substituição do Combustível comum pelo bicombustível em veículos públicos, das lâmpadas incandescentes pelas fluorescentes e do papel branco por reciclado. Outra medida que será apresentada na Conferência é sobre o inventário das emissões de gás carbônico dos órgãos do governo e o que eles estão fazendo para compensar a emissão, começando pelo Palácio de Karnak, depois Semar e Secretaria de Administração.

“Fomos indicados para participar da conferência, ainda, em outubro, através de decreto assinado pelo Governador Welligton Dias. Realizamos vários efeitos que foram divulgados pela mídia, reunindo representantes de entidades e órgãos para discutir as propostas do Piauí e contamos com uma boa participação. O Piauí faz parte de uma equipe de 600 pessoas que foram credenciadas no Brasil para participar da Conferência. Participaremos da segunda etapa da COP15, que reunirá os representantes de estados. Iremos discutir e firmar os acordos que deverão ser elaborados pelos diplomatas”, declarou Dalton.

Dalton Macambira disse que irá viajar no dia 12 e levará na mala as propostas que o governo do Estado está realizando no Piauí. “O senador está sendo injusto com o nosso governo. Estarei, por decisão do governador, representando o Piauí na conferência da ONU em Copenhague, integrando a delegação brasileira e na ocasião estarei apresentando as diversas iniciativas positivas de nosso governo, e são muitas, em defesa do meio ambiente no Piauí que são de conhecimento público. Experiências que vão desde as contenções das dunas na Lagoa do Portinho, até as ações de combate a desertificação em Gilbués e o início do fim do desperdício de água no vale do Gurguéia, para citar apenas algumas. É bom que se diga que esses problemas existem no Piauí há muitas décadas e que nenhum governo anterior ao nosso tomou qualquer iniciativa para o problema. Quanto ao desmatamento do cerrado, foi no nosso governo que a reserva legal, nesse bioma foi elevado de 20% para 30%, exemplo único do Brasil fora da região amazônica. Quanto à situação do Parque Nacional das nascentes, gostaria de informar ao senador, que foi no nosso governo que conseguimos, com o apoio do governo do presidente Lula, os recursos necessários para iniciar a demarcação e a regularização fundiária dessa unidade de conservação, pois sem essa iniciativa é praticamente impossível preservar de fato aquela região”, esclarece Dalton Macambira.

O Estado do Piauí, através da SEMAR, espera que a Conferência de Copenhague vai colocar na parede os países desenvolvidos que estão poluindo há muito mais tempo o planeta e pouco estão fazendo para reduzir o aquecimento global. A prova é que recentemente os EUA, a China e a Índia, que resistiam em apresentar metas, foram praticamente obrigados pela opinião pública a apresentarem uma proposta concreta, embora muito aquém do que era esperado. No caso do Brasil, que lidera os países em desenvolvimento, a meta de redução do desmatamento da Amazônia em 80% até 2020, juntamente com a redução do desmatamento do cerrado, através de monitoramento do INPE, se constitui em um grande avanço. É bom que se diga que os países em desenvolvimento, pelo protocolo de Quioto, precisam apresentar matas obrigatórias, enquanto os países em desenvolvimento precisam apresentar objetivos e metas voluntárias.