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Para derrotar os tucanos, PT pode apoiar Chalita ao governo de SP

O PT já tem seis nomes cotados para disputar o governo de São Paulo (Suplicy, Marta, Palocci, Emídio de Souza, Fernando Haddad e Arlindo Chinaglia), mas nenhum que empolgue. Ou que seja consenso. O partido ainda espera uma decisão de Ciro Gomes (PSB), o preferido de Lula, para definir sua candidatura.

Por Gilberto Nascimento, na CartaCapital

Alguns petistas de São Paulo já chegaram a pensar até num possível apoio ao nome do ex-tucano Gabriel Chalita, também no PSB, para concorrer ao governo de São Paulo. Seria mais uma opção, caso Ciro não queira concorrer no estado e insista na disputa ao Palácio do Planalto.

Correligionários de Chalita, ex-secretário de Educação no governo Alckmin, dizem que o líder do PT na Câmara dos Deputados, Candido Vacarezza, teria se animado com essa hipótese. Chalita hoje é bastante próximo de Vacarezza. O líder do PT na Câmara foi um dos articuladores da ida do ex-tucano para o PSB.

Além de ser amigo de Lurian, a filha do presidente Lula (os dois são seguidores do grupo católico carismático Canção Nova), o ex-secretário é professor de Direito na PUC-SP dos vereadores petistas Ítalo Cardoso e João Antonio. Também deu aulas para o deputado do PT João Paulo Cunha em uma outra universidade.

Chalita faz sucesso em palestras para professorinhas pelo estado de São Paulo. Mas o sindicato da categoria em São Paulo, Apeoesp, ferrenho opositor do ex-secretário, vai fazer um escândalo se petistas continuarem alimentando essa idéia.

Racha ajuda oposição em PE

Um racha no PT vai ajudar a oposição ao governo Eduardo Campos (PSB) no Pernambuco. O ex-prefeito de Recife João Paulo, nome preferido até o momento nas pesquisas para disputar o Senado no estado, desistiu da candidatura. Vai concorrer à Câmara dos Deputados.

O recuo facilita a vida do candidato oposicionista ao governo, Jarbas Vasconcelos (PMDB), cuja chapa contará com os candidatos ao Senado Sergio Guerra (PSDB) e Marco Maciel (DEM).

João Paulo também entregou, em novembro, o cargo de secretário de Articulação Regional que ocupava no governo Campos. Entre os motivos que levaram o ex-prefeito a deixar o governo e a desistir da candidatura está o seu enfraquecimento no PT.

O grupo de João Paulo ganhou a disputa pelo comando do partido em Recife, mas perdeu no estado para a corrente comandada pelo ex-ministro da Saúde Humberto Costa.

João Paulo também acredita demais nos astros. Seu guru, o astrólogo Eduardo Cunha, o aconselhou a não concorrer ao Senado.