Estudo aponta que mulheres trabalham mais e recebem menos
Relatório da Organização Internacional do Trabalho – OIT divulgado nesta quarta-feira (16/12), com dados referentes ao ano de 2007, ratifica a desigualdade de gênero predominante no mercado de trabalho. Apesar de trabalharem, em média, 12,7 horas a mais que os homens, as mulheres ainda respondem por salários mais baixos, ocupam menos cargos de chefia e assumem a maior parte dos afazeres domésticos.
Publicado 17/12/2009 15:58 | Editado 04/03/2020 16:20
O estudo “O perfil do trabalho decente”, elaborado pelo escritório da OIT no Brasil, evidencia que, mesmo diante do aumento da presença feminina no mercado, são elas que cuidam da casa e acumulam uma jornada de trabalho dupla e superior à masculina em cerca de 5%. Enquanto eles dedicam em torno de 9h por semana às atividades do lar, elas respondem por mais de 22h.
O resultado do “dobrado”, entretanto, não se reflete na conta bancária, já que as mulheres recebem em torno de 30% a menos que os homens. A contrapartida, por sua vez, é ainda mais grave: a pesquisa atenta para o risco de problemas de saúde e estresse em virtude da rotina exaustiva.
Desigualdade dentro e fora de casa
O levantamento traçou um panorama do mercado de trabalho desde 1992 a 2007, e considerou dados da última Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio – Pnad. Mais uma vez, os números desfavorecem as mulheres que, em 2007, ocuparam apenas 29% dos cargos de dirigentes e chefia.
Ainda assim, a pesquisa denota haver uma redução, de fato, na discrepância de oportunidades de trabalho e ascensão profissional para homens e mulheres. A passos lentos; é verdade. Fica a expectativa para os novos estudos.
Da redação local, com informações do Portal G1