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Analistas prevêem estabilidade na economia em 2010

A projeção para a taxa básica de juros Selic ao final de 2010 se manteve em 10,75% ao ano, segundo o boletim Focus divulgado hoje (28) pelo Banco Central (BC). Atualmente, a Selic – que é um dos instrumentos utilizados pelo BC para perseguir a meta de inflação – está em 8,75% ao ano.

Essas projeções são feitas semanalmente pelas autoridade monetária, com base em estimativas dos analistas do mercado financeiro sobre os principais indicadores da economia.

Para 2010, a estimativa para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), manteve-se pela segunda semana consecutiva em 4,5%, no centro da meta de inflação, que tem limite inferior de 2,5% e superior de 6,5%.

A expectativa para o IPCA em 2009, que era de 4,29% na semana passada, teve ligeira redução e passou para 4,28% na projeção apresentada hoje pelo BC.

Segundo os analistas, a expectativa para 2010 relativa a outros índices de medição de inflação (Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna, o IGP-DI; Índice Geral de Preços de Mercado, o IGP-M; e Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, o IPC-Fipe) é a mesma: 4,5%.

No entanto, as projeções do IGP-DI e do IGP-M para 2009 indicam deflação, passando de -1,27% e -1,35%, no boletim anterior, para -1,30% e -1,41%, respectivamente. Já a estimativa para o IPC-Fipe foi alterada de 3,82% para 3,78%.

A estimativa para os preços administrados – cobrados por serviços monitorados como combustíveis, energia elétrica, telefonia, medicamentos, água, educação, saneamento e transporte urbano coletivo, entre outros – foi alterada de 4,31% para 4,40%, em 2009, e mantida em 3,50% para 2010.

Crescimento da economia

Já a estimativa de analistas do mercado financeiro para o Produto Interno Bruto (PIB), soma dos bens e serviços produzidos no país, para 2010, aumentou de 5%, valor apresentado na semana passada, para 5,08%. O percentual de crescimento da produção industrial para o próximo ano também subiu, de 7,11% para 8%.

As projeções relativas ao crescimento econômico servem de termômetro para indicar a demanda de produtos das empresas, assim como para estimar a disponibilidade de empregos e as perspectivas salariais do mercado de trabalho.

Segundo o boletim Focus, a projeção de retração prevista para o PIB em 2009 passou de -0,23%, índice previsto no boletim anterior, para -0,22%, segundo o divulgado hoje. A expectativa para a queda da produção industrial em 2009 se manteve em 7,62%. Há quatro semanas a expectativa do mercado para a retração da produção industrial deste ano estava em 7,72%.

Também estável ficou a taxa de câmbio estimada para o fim de período, tanto para 2009 (R$1,74) como para 2010 (R$ 1,75).

A projeção para a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB para 2010 subiu de 42,90% para 43%, e se manteve estável para 2009, em 44,80%.

A previsão para o superávit comercial (saldo positivo de exportações menos importações) caiu de US$ 25 bilhões para US$ 24,57 bilhões neste ano. Para 2010, os analistas estimam um saldo positivo de US$ 11,65 bilhões, contra os US$ 11,30 bilhões previstos anteriormente.

Aumentou também a expectativa de déficit das transações correntes (registro das transações de compra e venda de mercadorias e serviços do Brasil com o exterior) em 2009, de US$ 18,20 bilhões para US$ 19,05 bilhões. Para 2010 a estimativa é de déficit de US$ 40,85 bilhões, número maior do que os US$ 40,35 bilhões previstos na semana passada.

Já a expectativa para o investimento estrangeiro direto (recursos que vão para o setor produtivo do país) ficou mantida em US$ 25 bilhões, em 2009, e em US$ 35 bilhões, em 2010.

Fonte: Agência Brasil