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Para Venezuela, declarações de Garcia mostram submissão aos EUA

A Venezuela rechaçou nesta segunda-feira (4) as declarações feitas pelo presidente do Peru, Alan Garcia, que acusou o Poder Executivo da Bolívia de estar “subordinado” ao governo venezuelano.

Por meio de um comunicado emitido pelo Ministério de Relações Exteriores, a Venezuela qualificou de “infames e insolentes” as colocações feitas por Garcia e colocou que tais acusações “demonstram sua submissão à estratégia de divisão da América Latina promovida pelas elites imperialistas dos Estados Unidos”.

A nota também diz que “os indignos comentários do presidente García não fazem mais do que remetê-lo às velhas práticas das oligarquias do Continente nas quais seus mandatários, longe de servir a seus povos, dedicavam seu tempo ao vício, ao ócio e à elaboração de intrigas para gerar ódio e desunião”.

O texto diz ainda que as palavras do presidente peruano “corroboram o desprezo pela integração (…) assim como pelas normas elementares de convivência pacífica e respeitosa que devem prevalecer em nossa região”.

A nota é uma resposta a declarações dadas recentemente pelo presidente peruano a uma rádio do país. Na ocasião, Garcia afirmou que apesar de Chávez "já não poder mais intervir" em assuntos internos do Peru, a ele "parece que tivesse delegado esse papel a um governo mais próximo", em referência ao governo de Evo Morales.

Garcia afirmou ainda esperar que não haja intervenções nos comícios presidenciais de 2011 “como houve em 2006”, referindo-se ao apoio dado por Chávez a Ollanta Humala, candidato da oposição que perdeu para Garcia.

Outro ponto nevrálgico da relação entre os dois países está no asilo político concedido pelo governo peruano ao opositor venezuelano Manuel Rosales, acusado de corrupção em seu país natal. Já entre Bolívia e Peru, o conflito diplomático se dá devido ao asilo concedido por Lima a três ministros bolivianos acusados de genocídio durante confrontos em 2003, quando mais de 60 pessoas foram mortas.

Para ler a íntegra da nota em espanhol, clique aqui.

Da redação, com agências