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Chile: opositor mantém dianteira em reta final de eleições

O empresário Sebastián Piñera, candidato opositor à presidência do Chile, mantém uma vantagem de cinco pontos em relação ao governista Eduardo Frei a oito dias do segundo turno das eleições, marcado para o dia 17.

De acordo com um levantamento divulgado neste sábado (9) pelo diário El Mercurio, o postulante da Coalizão pela Mudança, de tendência conservadora, detém 46,1% das intenções de voto, contra 41% de Frei, da Concertación, que já foi presidente entre 1994 e 2000.

Brancos e nulos somam 12,9%. Para elaborar a pesquisa foram ouvidas 1.200 pessoas em Santiago, Valparaíso e Concepción.

O panorama apresentado pelo levantamento é praticamente o mesmo de um estudo divulgado no dia 19 de dezembro também pelo El Mercurio. Nesse intervalo, Piñera perdeu apenas um décimo das preferências, enquanto Frei subiu 1,3.

Para o diário, o avanço de Frei pode estar associado aos apoios concedidos a ele pela aliança de esquerda Juntos Podemos Mais, que no primeiro turno concorreu com Jorge Arrate, e por algumas figuras ligadas ao independente Marco Enríquez-Ominami, terceiro colocado na votação realizada em 13 de dezembro.

Ainda que não tenha declarado respaldo a nenhum dos dois candidatos, Ominami — um ex-membro da Concertación que rompeu com as lideranças da coalizão e disputou o governo do país de forma independente — em várias ocasiões indicou que discorda frontalmente das propostas de Piñera.

De acordo com a análise do El Mercurio, outro fator que pode interferir no resultado do segundo turno é o ainda alto número de votos brancos e nulos. Nos dois últimos pleitos nacionais, essa cifra — que na pesquisa é de 12,9% — não passou de 3% no segundo turno. A margem de erro do levantamento é de 2,8%.

Bachelet

Michelle Bachelet, primeira mulher a governar o Chile, deve chegar ao fim do mandato com o índice recorde de aprovação de 81%, segundo números divulgados pela empresa de consultoria Adimark. A mandatária, membro da coalizão de centro-esquerda Concertación, entregará o cargo em 10 de março.

De acordo com a pesquisa, realizada em dezembro, Bachelet é bem vista por 87% do total de mulheres consultadas. Entre os homens, o índice é de 74%. Além disso, 93% dos entrevistados declararam que a governante é querida, 90% disseram que é respeitada, 86% a consideram confiável, 83% creem que ela tem autoridade e 79% acham que exerce liderança.

O levantamento da Adimark indicou também que 65% dos chilenos ouvidos aprovam sua gestão, contra 26% de opiniões críticas. Para 71%, a economia é a área mais bem avaliada do governo. Por outro lado, os setores de saúde e educação conseguiram aprovações de apenas 36% e 33%, respectivamente. A pesquisa foi realizada por telefone nas principais cidades do país com 1.103 pessoas.

Da Redação, com informações da Ansa