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Chile: A quatro dias da eleição, Ominami declara voto em Frei

O deputado e postulante derrotado à presidência do Chile, Marco Enríquez-Ominami, anunciou nesta quarta-feira (13) que votará no candidato governista, Eduardo Frei, no segundo turno das eleições, no próximo domingo.

Na sede do antigo Congresso Nacional de Santiago, Enríquez-Ominami declarou "formalmente" sua decisão "de apoiar o candidato desse povo, de 29% dos chilenos que votaram no dia 13 de dezembro [data do primeiro turno das eleições presidenciais]".

O parlamentar de 36 anos, um dissidente da aliança governista Concertación, ainda argumentou que há "um abismo irreconciliável" entre suas ideais e as do postulante da oposição à presidência, Sebástian Piñera.

Ainda assim, Enríquez-Ominami, que ficou na terceira colocação no primeiro turno das eleições presidenciais com 20% das preferências, ressaltou que sua atitude "não põe em dúvida a liberdade de seus eleitores" que são "os únicos juízes de sua consciência e de seu voto".

Por outro lado, o deputado independente indicou que "frente à conjuntura histórica e à incerteza de que a direita possa chegar a impedir a caminhada do Chile rumo ao futuro, é de minha responsabilidade contribuir no que seja possível para que isso não ocorra".

Segundo analistas políticos, os eleitores que optaram por Enríquez-Ominami no primeiro turno deverão ser decisivos na escolha do sucessor da presidente Michelle Bachelet. De acordo com pesquisa de intenção de voto divulgada pelo jornal El Mercúrio no último fim de semana, Piñera, da Coalizão pela mudança, é o favorito para o pleito.

O opositor contaria com a preferência de 46,1% da população, enquanto Frei, que governou o Chile entre 1994 e 2000, tem 41%. Votos brancos e nulos somavam 12,9%. Caso se confirme a vitória de Piñera, será o fim de duas décadas de hegemonia da aliança Concertación, que elegeu quatro presidentes consecutivamente desde o fim da ditadura, em 1990.

Fonte: Ansa

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