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Futebol: sindicato defende jogadores contra coação do São Paulo

O caso envolvendo os três garotos que tentam deixar o São Paulo ganhou novos desdobramentos nesta sexta-feira (15). O presidente do Sindicato de Atletas Profissionais do Estado de São Paulo (Sapesp), Rinaldo Martorelli, criticou a prática de gaveta feita pelo clube com os atletas.

“Por que aceitamos que os clubes manipulem os jogadores? Um dos atletas foi coagido a se emancipar, que é o caso do Oscar, a informação que a gente tem”, denunciou Rinaldo, em entrevista coletiva. Segundo ele, o São Paulo coagiu a mãe do jogador obrigando a emancipá-lo, para depois assinar dois contratos com ele — um com duração de três anos (máximo permitido pela Fifa para atletas com 16 anos) e outro de cinco, que passou a entrar em vigor quando o meia completou 18 anos.

Só que o São Paulo não encerrou o outro contrato e, consequentemente, não pagou o que era devido por conta desse encerramento (fundo de garantia, 13º salário, etc), segundo o presidente da Sapesp. “A obrigação tem que ser cumprida. Essa coisa de gaveta não dá mais. Precisa acabar com esses subterfúgios para enganar a lei”, decretou Rinaldo.

Além de Oscar, o São Paulo sofreu mais dois pedidos de rescisão de contrato na Justiça: o lateral-esquerdo Diogo e o meia Lucas Piason, este último ainda integrante da base. Rinaldo falou em entrar com processo contra o São Paulo, pedindo que a situação seja averiguada com mais detalhes. Mas o dirigente sindical disse que antes disso buscará um entendimento com o clube. “Quero falar desde quarta com o Juvenal. Não questiono o clube, mas, sim, a prática que está sendo feita lá. Penso em fazer um acordo coletivo.”

Questionado se havia chance desta prática ser realizada também em outros clubes, Martorelli acredita que sim. “Conseguimos coibir anteriormente coisas desse tipo na Portuguesa e no Santos. Mas esses casos dão o precedente para a gente dar uma rastreada em tudo”.

Da Redação, com informações da Folha Online