Iphan vai preservar locais por onde a Coluna Prestes passou
O percurso da Coluna Prestes é objeto de um levantamento histórico coordenado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Até o fim do ano, o Iphan pretende mapear os locais que guardam vestígios da passagem da coluna, para protegê-los. A informação é do site da revista História Viva.
Publicado 16/01/2010 15:56
Em dezembro de 1924, oficiais do Exército liderados por Luís Carlos Prestes iniciaram uma sublevação que percorreu 25 mil quilômetros em marcha pelo país para protestar contra a opressiva República Velha. A Coluna Prestes, como ficou conhecida, só terminou em fevereiro de 1927.
No Rio Grande do Sul, os arquitetos Marco Antonio Galvão e Vera Braun Galvão, contratados pelo Iphan, sugeriram o tombamento da ponte férrea de Comandaí, construída pelo batalhão comandado por Prestes, em 1923, e identificaram os túmulos de alguns combatentes. O município gaúcho de Santo Ângelo já abriga um memorial dedicado à Coluna.
Em Palmas, a Fundação Cultural do Tocantins concluiu, no fim do ano passado, o projeto de modernização do Memorial Coluna Prestes na cidade, inaugurado em 2003. O espaço, de quase 600 metros quadrados, traz uma exposição permanente sobre a história da Coluna e a reprodução do escritório de Prestes, além de um acervo com fotos e documentos.
Resposta a O Globo
A historiadora Anita Leocádia Prestes, filha de Luís Carlos Prestes e de Olga Benário, enviou uma carta ao jornal O Globo para contestar o teor da matéria “Comissão aprovará novas indenizações”. A matéria insinuava que a família Prestes se aproveitava da promoção post-mortem de Prestes no Exército para para lesar os cofres públicos.
“Prestes sempre se opôs à sua reintegração no Exército brasileiro, tendo duas vezes se demitido e uma vez sido expulso do mesmo. Também nunca aceitou receber qualquer indenização governamental; assim, recusou pensão que lhe fora concedida pelo então prefeito do Rio de Janeiro, Sr. Saturnino Braga”, registrou a historiadora.
“A reintegração do meu pai ao Exército no posto de coronel e a concessão de pensão à família constitui, portanto, um desrespeito à sua vontade e à sua memória. Por essa razão, recusei a parte de sua pensão que me caberia”, agregou. “Da mesma forma, não considerei justo receber a indenização de cem mil reais que me foi concedida pela Comissão de Anistia, quantia que doei publicamente ao Instituto Nacional do Câncer.”