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Iphan vai preservar locais por onde a Coluna Prestes passou

O percurso da Coluna Prestes é objeto de um levantamento histórico coordenado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Até o fim do ano, o Iphan pretende mapear os locais que guardam vestígios da passagem da coluna, para protegê-los. A informação é do site da revista História Viva.

Em dezembro de 1924, oficiais do Exército liderados por Luís Carlos Prestes iniciaram uma sublevação que percorreu 25 mil quilômetros em marcha pelo país para protestar contra a opressiva República Velha. A Coluna Prestes, como ficou conhecida, só terminou em fevereiro de 1927.

No Rio Grande do Sul, os arquitetos Marco Antonio Galvão e Vera Braun Galvão, contratados pelo Iphan, sugeriram o tombamento da ponte férrea de Comandaí, construída pelo batalhão comandado por Prestes, em 1923, e identificaram os túmulos de alguns combatentes. O município gaúcho de Santo Ângelo já abriga um memorial dedicado à Coluna.

Em Palmas, a Fundação Cultural do Tocantins concluiu, no fim do ano passado, o projeto de modernização do Memorial Coluna Prestes na cidade, inaugurado em 2003. O espaço, de quase 600 metros quadrados, traz uma exposição permanente sobre a história da Coluna e a reprodução do escritório de Prestes, além de um acervo com fotos e documentos.

Resposta a O Globo

A historiadora Anita Leocádia Prestes, filha de Luís Carlos Prestes e de Olga Benário, enviou uma carta ao jornal O Globo para contestar o teor da matéria “Comissão aprovará novas indenizações”. A matéria insinuava que a família Prestes se aproveitava da promoção post-mortem de Prestes no Exército para para lesar os cofres públicos.

“Prestes sempre se opôs à sua reintegração no Exército brasileiro, tendo duas vezes se demitido e uma vez sido expulso do mesmo. Também nunca aceitou receber qualquer indenização governamental; assim, recusou pensão que lhe fora concedida pelo então prefeito do Rio de Janeiro, Sr. Saturnino Braga”, registrou a historiadora.

“A reintegração do meu pai ao Exército no posto de coronel e a concessão de pensão à família constitui, portanto, um desrespeito à sua vontade e à sua memória. Por essa razão, recusei a parte de sua pensão que me caberia”, agregou. “Da mesma forma, não considerei justo receber a indenização de cem mil reais que me foi concedida pela Comissão de Anistia, quantia que doei publicamente ao Instituto Nacional do Câncer.”