PCdoB e PT lançam candidaturas ao Senado

Na coletiva, os partidos representados por seus dirigentes estaduais, Joaquim Brito (PT) e Eduardo Bomfim (PCdoB), e ainda pelos deputado estadual Paulão (PT), vereador de Delmiro Gouveia, Edvaldo Nascimento (PCdoB), ex-vereador de Maceió, Marcelo Malta (PCdoB) e delegado federal Pinto de Luna (PT), reafirmaram sua participação na frente de vários partidos que enfrentarão nas urnas o atual governador Téo Vilela (PSDB) e anunciaram sua coligação para o próximo pleito.

PT e PCdoB anunciaram sua aliança no apoio à candidatura de Dilma Roussef à sucessão do presidente Lula. Nesse sentido já vinham integrando a frente de partidos formada pelo PMDB, PDT, PTB, PP, PMN, PCB, PR, dentre outros, que se preparam para marchar unidos nas eleições de 2010, garantindo um expressivo palanque para a ministra Dilma em Alagoas, com uma candidatura de oposição ao atual governo tucano no estado.

Embora o nome que deverá encabeçar a chapa majoritária ainda não esteja definido, PT e PCdoB declararam que apóiam a candidatura ao governo do estado do atual Prefeito de Maceió, Cícero Almeida (PP), por seu grande apoio popular e altos índices de aprovação de sua administração. No caso de o prefeito Cícero Almeida não confirmar sua candidatura, o nome do ex-governador Ronaldo Lessa (PDT) tem o apoio de ambos os partidos. Segundo Joaquim Brito, Ronaldo Lessa tem uma força política inquestionável, experiência administrativa como governador e prefeito e é muito bem aceito na frente que vem se formando.

Além de afirmar sua união no projeto nacional, à presidência da República, e no estadual, unidos aos demais partidos, na disputa ao governo de Alagoas, PT e PCdoB lançaram suas candidaturas ao Senado Federal. Embora a frente que vem se reunindo inclua outros nomes que pretendem disputar as duas vagas para o Senado, o PT confirma seu candidato ao Senado, o ex-superintendente da Polícia Federal, Pinto de Luna, e o PCdoB apresenta a candidatura de Eduardo Bomfim, atual secretário municipal de Cultura de Maceió.

PT e PCdoB, desta forma, declaram manter a unidade com os demais partidos na luta pelos objetivos comuns, mas pretendem lançar candidatos próprios ao Senado Federal. Na frente de partidos se apresentam ainda outras pré-candidaturas ao Senado: a do senador Renan Calheiros (PMDB), candidato à reeleição, do ex-governador Ronaldo Lessa (PDT), caso não seja o candidato a governador, do deputado federal Benedito de Lira (PP). Para o PT e o PCdoB a coligação do “chapão”, com vem sendo chamada a frente, terá um único candidato ao governo do estado e a afirmação de suas duas candidaturas ao Senado não compromete a unidade do grupo, cujas conversas continuam acontecendo e amadurecendo.

Além do apoio entusiasmado às suas candidaturas ao Senado, Joaquim Brito chamou a atenção para a “parceria histórica” do PT e do PCdoB e salientou que os dois também podem estar juntos nas proporcionais, para deputado estadual e federal. “Temos a clareza da necessidade desta frente de oposição. Vamos traçar um diagnóstico do Governo do Estado e do que está de fato acontecendo. Está se tentando passar outra realidade por meio de propagandas”.

O presidente do PT frisou os indicadores sociais de Alagoas e principalmente os números de homicídios e crimes no Estado, além de criticar os cortes no orçamento para 2010. Segundo ele, estes são pontos que mostram a necessidade de outro projeto. As críticas ferrenhas ao governo estadual e os elogios ao governo Lula marcaram a coletiva.

Eduardo Bomfim, que teve seu nome lançado para o Senado, também frisou a identidade que liga o PT e o PCdoB. “É fundamental que consigamos criar bases em todos os estados para mais um ciclo de desenvolvimento com profunda inclusão social, que está sendo promovido pelo governo Lula e que tem a continuidade em Dilma. É um governo de democracia plena e precisamos de mais quatro anos. Seria uma tragédia se um candidato de Fernando Henrique Cardoso ganhasse”, colocou.

“Em Alagoas, nosso candidato natural é Cícero Almeida, que tem aprovação popular e uma administração bem avaliada. Não podemos desligar o caráter nacional e plebiscitário destas eleições”, defendeu ainda Bonfim.

De Maceió, Selma Villela.