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Partidos conversam com Ciro para discutir candidatura em SP

Dirigentes de oito partidos –PSB, PT, PDT, PC do B, PTC, PRB, PSC e PTN– irão se reunir com o deputado Ciro Gomes (PSB-CE) na próxima semana para discutir a candidatura do parlamentar ao governo paulista. O encontro está marcado para o próximo dia 12, em São Paulo.

Os partidos, que fazem oposição em São Paulo ao governador José Serra (PSDB), acertaram que Ciro é um nome de consenso para o governo paulista.

"Caso Ciro venha para São Paulo, esses partidos apoiam a candidatura dele", disse o presidente do PSB-SP, deputado Márcio França, que participou na tarde desta segunda-feira de um encontro com os representantes dos partidos. Foi a terceira reunião dos dirigentes.

O deputado afirma que esses partidos, juntos, teriam mais de nove minutos de propaganda eleitoral. "É a primeira vez que isso aconteceria em São Paulo", disse França.

O presidente do PT paulista, Edinho Silva, disse que a reunião da próxima semana vai servir para os partidos saberem o que Ciro pensa sobre a candidatura ao governo de São Paulo. Os partidos também pretendem mostrar Ciro que existe espaço no Estado para ele participar da disputa. "Queremos dar essa segurança ao Ciro e afirmar que, se ele quiser, os partidos estão dispostos a abrir o debate [sobre a candidatura]", afirmou.

Nesta segunda-feira, o deputado Antonio Palocci (PT-SP) comunicou oficialmente ao comando do PT paulista que desistiu de concorrer ao governo de São Paulo.

Márcio França diz que os dois partidos estão fazendo pesquisas para saber se é melhor Ciro ser candidato à Presidência ou ao governo paulista. Para ele, Ciro só deve se decidir próximo a 15 de março, dia definido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva como prazo final para a escolha do deputado.

Se Ciro não aceitar concorrer em SP, o PSB deve ter como candidato o presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), Paulo Skaf. Segundo França, Edinho Silva está disposto a conversar sobre essa possibilidade.

Possibilidade remota

O vice-presidente nacional do PSB, Roberto Amaral, avalia como remota que a possibilidade de Ciro se lançar candidato ao governo de São Paulo. Para o dirigente, o deputado não está mostrando desejo por essa disputa. "A coisa mais importante para uma candidatura é a vontade e o espírito do candidato", afirma.

Para ele, a queda na pesquisa CNT/Sensus não fará Ciro Gomes desistir da candidatura à Presidência. "A pesquisa é um indicador com o qual os partidos trabalham", afirma.

Para Amaral, a pesquisa foi positiva para Ciro, mesmo com a queda. Ele diz que a sondagem, divulgada nesta segunda-feira, revela que Ciro se tornou peça fundamental para a continuidade do projeto do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Segundo pesquisa CNT/Sensus sobre a eleição presidencial, divulgada hoje, quando o nome de Ciro aparece na disputa, a ministra petista Dilma Rousseff (Casa Civil) encosta no tucano José Serra.

Neste cenário, Serra recebeu 33,2% das intenções de voto, seguido por Dilma, com 27,8%, e por Ciro, com 11,9%. A senadora Marina Silva (PV) aparece em quarto lugar, com 6,8% das intenções de votos. Os indecisos, brancos e nulos somam 20,4%.

Em novembro, Serra recebeu 31,8% de votos, enquanto Dilma tinha 21,7%. Ciro recebeu em novembro 17,5% dos votos e Marina, 5,9%. Sem Ciro, a CNT/Sensus mostra que Serra abre vantagem sobre Dilma. O tucano recebeu 40,7% das intenções de voto, enquanto a petista, 28,5%.

Fonte: Folha Online