Reitores propõem 2ª fase do Reuni

Novos subsídios para a elaboração do Plano Nacional de Educação (PNE) foram apresentados e discutidos durante a realização do 8º Seminário Nacional do Programa de Apoio ao Plano de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (REUNI), que aconteceu de 27 a 29 de janeiro em Brasília (DF).

O encontro, promovido pelo Ministério da Educação (MEC) e a Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), reuniu reitores de 59 Universidades Federais e ainda representantes do Conselho Nacional de Educação (CNE) e da União Nacional dos Estudantes (UNE).

De acordo com o presidente da Andifes e reitor da UFT, Alan Barbiero, as metas que serão estabelecidas pelas IFES foram discutidas no seminário. Durante o encontro, um documento, preparado pela Andifes, foi apresentado, e cuja proposta é de que haja uma expansão das universidades federais para os próximos anos que signifique uma segunda fase do Reuni, duas vezes maior que o atual Programa de Apoio ao Plano de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais. As entidades também acordaram reunir condições para atuarem na elaboração do PNE junto ao Congresso Nacional.
A expansão do ensino superior, proposta no seminário, foi discutida no Pleno da Andifes, que defende o Reuni como uma política de Estado e não mais de governo, ou seja, que tenha objetivos também a médio e longo prazo. Para o reitor, a medida vai encontro do PNE, fruto de uma lei aprovada no Congresso, cujo prazo de execução é de dez anos.

PNE – Barbiero ressaltou que o atual PNE não alcançou todas as suas metas, como por exemplo, a de alcançar o índice de 30% dos jovens de 18 a 24 no ensino superior. “Nós chegamos a 13,9%”, revela. Ele diz ainda que uma Proposta de Emenda Constitucional, aprovado no final do ano passado, a PEC 56, obriga o cumprimento de todas as metas do PNE. “Então, as metas que nós vamos estabelecer, deverão ser cumpridas”, observou.

Crescimento – Com isso, segundo o reitor, as universidades têm que crescer duas vezes mais do que estão crescendo agora para chegarem em 2020, com 30% dos jovens de 18 a 24 anos nas universidades, sendo que desse percentual 40% nas instituições públicas. “Isso quer dizer nós vamos ter que dobrar os recursos. Isso significa a contratação de mais professores, técnicos, construção de mais salas de aula e mais laboratórios, além de novos campi, novas universidades e o aumento das vagas nas universidades federais”.

UFT – No caso da Universidade Federal do Tocantins, Barbiero explicou que como a UFT criou 14 novos cursos, em uma segunda fase da expansão, terá que criar 28 cursos para alcançar a meta que deve ser estabelecida no PNE. “Isso é algo factível porque também a perspectiva do Brasil é de crescimento econômico. Porque você só tem condições de garantir a expansão do ensino superior público, se tiver também um crescimento econômico”, justifica Barbiero.

Novo Reuni – Para o reitor, a perspectiva é de que já em 2011, numa fase dois do Reuni, aconteça a criação de mais vagas nas universidades federais. “Isso para nós é muito bom porque nós vamos poder consolidar os Campi do interior, com mais cursos e vamos poder ampliar também o Campus de Palmas, que precisa de novos cursos em algumas áreas estratégicas do Estado do Tocantins”, declarou. (José Filho)
Fonte: UFT