Costa Rica elege sucessor de Oscar Arias no domingo
Os eleitores da Costa Rica comparecerão às urnas no domingo para eleger o sucessor do presidente Oscar Arias entre nove candidatos. A postulante governista do Partido Libertação Nacional (PLN), Laura Chinchilla, encabeça as intenções de voto, embora ainda seja uma incógnita se haverá segundo turno.
Publicado 04/02/2010 11:50
Segundo uma pesquisa publicada nesta quarta (03) pelo diário La Nación, Chinchilla tem 41,9% de apoio, enquanto, em segundo lugar, há um empate técnico entre o direitista Otto Guevara, do Movimento Libertário, com 22,9%; e o socialista Ottón Solís, de Ação Cidadã, 19,9%.
Devido à margem de erro da pesquisa, que é de 3,2 pontos percentuais, é difícil prever se a aspirante governista conseguirá superar os 40% necessário para vencer a disputa à presidência na primeira rodada do pleito. "Existe cerca de 20% de probabilidades de que tenha segundo turno eleitoral", afirmou La Nación.
Mais de 2,8 milhões de eleitores estão registrados para votar entre 6h (10h de Brasília) e 18h (22h de Brasília) do domingo, para renovar também os 57 membros da Assembleia Legislativa e os representantes municipais, em meio aos temores de uma grande abstenção após uma longa e tediosa campanha eleitoral.
A insegurança e a economia centraram a campanha dos principais candidatos, cujo diferencial está na personalidade e na forma de abordar os temas, além do apoio partidário que teriam para governar.
Chinchilla, uma cientista política de 50 anos, que tem Arias como mentor, é apoiada pelo partido mais antigo e melhor estruturado da política costarriquenha, Liberação Nacional (PLN), de teor social democrata e tendência de centro-direita.
Chinchilla tinha em setembro um amplo respaldo, mas tem perdido apoio depois das acusações de falta de liderança dentro de seu partido e de receber demasiada influência do presidente Oscar Arias e de seu irmão Rodrigo Arias.
Em sua terceira candidatura à presidência, Guevara, um advogado de 49 anos, é a surpresa desta campanha ao aparecer na segunda posição nas pesquisas graças a uma campanha agressiva – cujas origens dos recursos continuam um mistério -, centrada em atacar a suposta corrupção do governo Arias.
Desta vez, Guevara moderou a mensagem ultraliberal que sempre caracterizou o Movimento Libertário (ML) – que tem seis deputados -, mas incluiu uma provocação na campanha: lançar o debate para dolarizar a economia costarriquenha.
Após um início ruim nas pesquisas, Solís, 55 anos, também em sua terceira tentativa de chegar à presidência, que quase conseguiu na última eleição – perdeu para Arias por 1% -, se recuperou nos últimos dias de campanha, ao apontar seus cartucho também contra Chinchilla, a quem chama de "marionete" dos Arias.
Na quarta posição nas pesquisas aparece Luis Fishman, do partido Social Cristão, que provocou risadas com seu atrevido slogan de campanha: "Sou o menos ruim dos candidatos".
Se nenhum candidatos superar 40% dos votos válidos, uma nova votação acontecerá em 4 de abril.
Com AFP e Prensa Latina