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Costa Rica elege sucessor de Oscar Arias no domingo

Os eleitores da Costa Rica comparecerão às urnas no domingo para eleger o sucessor do presidente Oscar Arias entre nove candidatos. A postulante governista do Partido Libertação Nacional (PLN), Laura Chinchilla, encabeça as intenções de voto, embora ainda seja uma incógnita se haverá segundo turno.

Segundo uma pesquisa publicada nesta quarta (03) pelo diário La Nación, Chinchilla tem 41,9% de apoio, enquanto, em segundo lugar, há um empate técnico entre o direitista Otto Guevara, do Movimento Libertário, com 22,9%; e o socialista Ottón Solís, de Ação Cidadã, 19,9%.

Devido à margem de erro da pesquisa, que é de 3,2 pontos percentuais, é difícil prever se a aspirante governista conseguirá superar os 40% necessário para vencer a disputa à presidência na primeira rodada do pleito. "Existe cerca de 20% de probabilidades de que tenha segundo turno eleitoral", afirmou La Nación.

Mais de 2,8 milhões de eleitores estão registrados para votar entre 6h (10h de Brasília) e 18h (22h de Brasília) do domingo, para renovar também os 57 membros da Assembleia Legislativa e os representantes municipais, em meio aos temores de uma grande abstenção após uma longa e tediosa campanha eleitoral.

A insegurança e a economia centraram a campanha dos principais candidatos, cujo diferencial está na personalidade e na forma de abordar os temas, além do apoio partidário que teriam para governar.

Chinchilla, uma cientista política de 50 anos, que tem Arias como mentor, é apoiada pelo partido mais antigo e melhor estruturado da política costarriquenha, Liberação Nacional (PLN), de teor social democrata e tendência de centro-direita.

Chinchilla tinha em setembro um amplo respaldo, mas tem perdido apoio depois das acusações de falta de liderança dentro de seu partido e de receber demasiada influência do presidente Oscar Arias e de seu irmão Rodrigo Arias.

Em sua terceira candidatura à presidência, Guevara, um advogado de 49 anos, é a surpresa desta campanha ao aparecer na segunda posição nas pesquisas graças a uma campanha agressiva – cujas origens dos recursos continuam um mistério -, centrada em atacar a suposta corrupção do governo Arias.

Desta vez, Guevara moderou a mensagem ultraliberal que sempre caracterizou o Movimento Libertário (ML) – que tem seis deputados -, mas incluiu uma provocação na campanha: lançar o debate para dolarizar a economia costarriquenha.

Após um início ruim nas pesquisas, Solís, 55 anos, também em sua terceira tentativa de chegar à presidência, que quase conseguiu na última eleição – perdeu para Arias por 1% -, se recuperou nos últimos dias de campanha, ao apontar seus cartucho também contra Chinchilla, a quem chama de "marionete" dos Arias.

Na quarta posição nas pesquisas aparece Luis Fishman, do partido Social Cristão, que provocou risadas com seu atrevido slogan de campanha: "Sou o menos ruim dos candidatos".

Se nenhum candidatos superar 40% dos votos válidos, uma nova votação acontecerá em 4 de abril.

Com AFP e Prensa Latina