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Ala oposicionista do PMDB tenta barrar Convenção na Justiça

A ala do PMDB alinhada com o PSDB e o DEM conseguiu nesta sexta-feira (5) que a desembargadora Vera Andrighi, do Tribunal de Justiça do Distrito Federal, suspendesse a Convenção Nacional do partido, marcada para este sábado (6). A Convenção fora antecipada para reconduzir o deputado Michel Temer (SP) à presidência do partido, e cacifá-lo como possível vice na chapa da ministra Dilma Rousseff. A Executiva peemedebista disse que entraria ainda esta noite com recurso para manter o encontro.

A alegação aceita pela desembargadora é que a convocação não respeitou o prazo de oito dias para registro de chapas. O pedido de suspensão é encabeçado por Dorany de Sá Barreto, advogado do PMDB de Pernambuco, encabeçado pelo senador, e cabo eleitoral de José Serra, Jarbas Vasconcelos. Os Diretórios de São Paulo, Santa Catarina e Paraná também contestam o encontro.

A Convenção estava marcada inicialmente para o dia 10 de março, mas foi antecipada por iniciativa do grupo que apoia o presidente licenciado, Michel Temer. A mudança visa fortalecer o nome de Temer como vice em uma possível chapa encabeçada à Presidência da República encabeçada pela ministra Dilma Rousseff.

O PMDB pró-Lula afirma ter o apoio de 22 a 23 das seções estaduais do partido. "Ninguém está pedindo unanimidade. A democracia se faz com a maioria. Portanto, a situação está tranquila para o Michel (Temer) que deve ser eleito novamente", avaliou o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

Maior legenda em número de deputados, senadores e prefeitos, o PMDB é um aliado disputado na disputa presidencial de 2010 por sua capilaridade e pelo tempo que agregará ao horário eleitoral gratuito de TV. Ao mesmo tempo, compareceu desunido e sem candidato próprio às três últimas eleições presidenciais. As alas divergentes com frequência recorrem à Justiça na tentativa de influir sobre as deliberações partidárias.

Da redação, com agências