Inácio Arruda reafirma defesa das 40 horas semanais
O senador Inácio Arruda, autor da PEC 231/95 que propõe a redução da jornada de trabalho de 44 para 40 horas semanais, considera um equivoco modificar o texto já aprovado pela comissão especial da Câmara dos Deputados, como propõe o presidente da Casa, deputado Michel Temer. Em reunião com os representantes das centrais sindicais, Temer cogitou a possibilidade de fazer uma redução gradativa da jornada de trabalho, inicialmente para 42 horas.
Publicado 10/02/2010 10:49 | Editado 04/03/2020 16:34

Segundo Inácio, "os avanços tecnológicos, nos quais se investem bilhões, vêm permitindo ganhos de produtividade excepcionais, que precisam se materializar também junto aos trabalhadores, sob a forma da redução da jornada”. Ele não concorda com o argumento de que a redução terá impactos sobre o custo do trabalho. “Este custo é muito pequeno no Brasil. Portanto o país já tem condições de reduzir a jornada para 40 horas", garante o Senador.
Reuniões
Durante todo o dia de ontem (09.02), o presidente da Câmara, Michel Temer, esteve tratando deste assunto em reuniões com empresários e trabalhadores. Os representantes de seis centrais sindicais (CTB, CUT, Força Sindical, CGTB, Nova Central e UGT) intensificaram a pressão pela votação da PEC 231/95, que reduz a jornada de trabalho de 44 horas para 40 horas semanais. Já os empresários tentavam evitar qualquer mudança nas leis trabalhistas do país. Eles deixaram claro que não aceitam a proposta dos trabalhadores.
Durante a reunião com as centrais, o presidente da Câmara chegou a cogitar um acordo que garantisse a redução gradativa da jornada de trabalho — inicialmente para 42 horas —, mas a proposta foi prontamente refutada pelos líderes sindicais. “Nem sequer discutimos essa possibilidade”, afirmou Wagner Gomes, presidente da CTB.
Diante do resultado da reunião, as centrais sindicais pretendem agora contar com a mobilização popular, em todos os estados, para garantir que a Proposta de Emenda Constitucional seja levada à votação na Câmara dos Deputados o quanto antes. “As centrais vão continuar com a pressão, sem dúvida. Por meio dela faremos com que a votação seja colocada na pauta”, disse Wagner Gomes.
Fonte: Assessoria de imprensa do Senador Inácio Arruda com informações do Portal CTB