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China exorta EUA a rever decisão de encontrar Dalai Lama

A China exigiu na sexta-feira (12) mais uma vez que os Estados Unidos revoguem imediatamente sua decisão de organizar um encontro entre o presidente Barack Obama e o separatista chinês Dalai Lama, que desde o anúncio da reunião tem sido motivo de protestos.

A mensagem foi reiterada pelo porta-voz da chancelaria, Ma Zhaoxu, que reafirmou que o governo chinês se opõe firmemente a que o separatista Dalai Lama faça uma visita "oficial" aos Estados Unidos e que suas autoridades sustentem contatos com ele.

"A posição da China a respeito tem sido clara", frisou.

"Pedimos aos Estados Unidos que compreendam que o Tibete é um assunto delicado, e cumpra o compromisso de reconhecê-lo como parte da China e se oponha a sua separação", afirmou o porta-voz.

As declarações de Ma respondem a informações que citam o porta-voz da Casa Branca Robert Gibbs, que no dia anterior anunciou que o encontro entre Obama e o Dalai Lama está previsto para o próximo dia 18.

A China também chamou os Estados Unidos a se absterem de facilitar ao Dalai Lama a realização de atividades separatistas e de interferir nos assuntos internos desta nação a fim de evitar uma piora nas relações bilaterais.

As relações entre Pequim e Washington pioraram a partir do anúncio pelos EUA de venda de armas a Taiwan, em valores que chegam a US$ 6,4 bilhões, decisão que a China rechaçou por considerar que atenta contra sua segurança nacional e a reunificação pacífica.

O governo chinês respondeu a esses planos com a suspensão dos contatos militares com os Estados Unidos e de diálogos sobre segurança, anunciando também sanções para as companhias norte-americanas envolvidas nas vendas.

O Dalai Lama é acusado pelo governo chinês de insuflar os atos terroristas que acometeram Lhasa, a capital da Região Autônoma do Tibete, em março de 2008, quando mais de uma centena de pessoas foram assassinadas pelos separatistas em várias cidades do Tibete.

Da redação, com informações da Prensa Latina